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TRE exige 'mínima ética' de Marçal e o condena a pagar R$ 10 mil a Boulos

Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL) empatam tecnicamente em pesquisa da Futura Inteligência divulgada nesta quarta (28) - Divulgação
Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL) empatam tecnicamente em pesquisa da Futura Inteligência divulgada nesta quarta (28) Imagem: Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

04/09/2024 18h47

Pablo Marçal (PRTB) foi condenado nesta quarta (4) a pagar R$ 10 mil a Guilherme Boulos (PSOL) por ofensas divulgadas nas redes sociais. A decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo é passível de recurso.

O que aconteceu

Vídeo publicado nas redes sociais de Marçal foi considerado "propaganda eleitoral negativa e inverídica". No material, o candidato do PRTB se refere a Boulos como usuário de drogas, sem nunca ter apresentado qualquer evidência disso. A conduta foi considerada "ataque pessoal ofensivo" não só ao candidato do PSOL como à sua honra pelo TRE.

"O faroeste digital não é opção no Estado Democrático de Direito; tampouco o vandalismo político", afirma juiz. No texto da decisão, Rodrigo Colombini disse ainda que "eleição não pode ser resumida a mero torneio de lacração nas redes sociais" e que é "exigível mínima ética e respeito aos candidatos adversários e principalmente ao eleitor".

Ação contra Marçal foi movida por Boulos e sua coligação. Ao longo da campanha, o candidato do PSOL tem sido um dos alvos preferenciais do candidato do PRTB.

Direito de resposta por ofensa em redes já motivou outra polêmica entre Boulos e Marçal. Após associar o deputado federal ao uso de cocaína em suas páginas, o empresário foi condenado a divulgar um vídeo de direito de resposta em seus canais. Mas, segundo a campanha de Boulos, o candidato alterou o conteúdo ao publicá-lo.

Marçal admite que algumas de suas propostas para São Paulo não devem ser cumpridas em quatro anos. Em sabatina organizada pelo UOL nesta quarta (4), o candidato tratou parte de suas propostas como "sonhos" e reforçou discurso de mudança de "mentalidade" para resolver problemas da cidade.

Presença no ato de 7 de setembro está "em aberto". Com a presença do Jair Bolsonaro (PL), o evento deve reunir lideranças do campo conservador na cidade e é motivo de tensão, já que Ricardo Nunes (MDB) é o candidato oficial do ex-presidente para a prefeitura — ainda que muito de seus apoiadores se identifiquem mais com Marçal.

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