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EUA acusam vários líderes do Hamas de 'terrorismo'

Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em foto de 2021 - Aziz Taher/Reuters
Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em foto de 2021 Imagem: Aziz Taher/Reuters

Da AFP

03/09/2024 19h12Atualizada em 03/09/2024 19h44

A justiça americana acusou vários dirigentes do movimento islamista palestino Hamas de sete crimes, a maioria deles relacionada ao terrorismo, de acordo com documentos judiciais divulgados nesta terça-feira (3).

No total, seis líderes do grupo, incluindo Ismail Haniyeh, que foi morto no Irã em 31 de julho, estão sendo acusados, entre outros crimes, de "conspirar para fornecer apoio material para atos terroristas que resultaram em morte", financiar o terrorismo e conspirar para matar cidadãos americanos.

Os dirigentes também são acusados de bombardear locais públicos e violar a legislação americana em matéria de segurança.

Considerado uma organização terrorista por Washington, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro de 2023, desencadeando a brutal guerra na Faixa de Gaza, que é governada pelo movimento palestino.

Além de Haniyeh, outros dois acusados também estariam mortos, segundo as autoridades israelenses. São eles Mohammad Al Masri, conhecido como Mohammed Deif, que morreu no sul da Faixa de Gaza em julho passado, e Marwan Issa, morto em março também no território palestino.

Os outros três acusados são Yahya Sinwar, atual líder político do Hamas, Khaled Meshaal, conhecido como "Abu al Waleed", e Ali Baraka.

"As acusações apresentadas hoje são apenas uma parte do nosso esforço para atacar todos os aspectos das operações do Hamas. Estas ações não serão as últimas", disse o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, em um comunicado.

"Yahya Sinwar e os demais altos dirigentes do Hamas são acusados hoje de orquestrar a campanha de violência e terror maciço desta organização terrorista, a qual já dura décadas, incluindo o 7 de outubro", acrescentou.

Desde sua fundação em 1987, o Hamas "matou e feriu dezenas de americanos como parte de sua campanha de violência e terror", afirmam as autoridades judiciais na acusação.

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