Índia se prepara para mais um mês de chuvas acima da média em setembro
Por Rajendra Jadhav
MUMBAI (Reuters) - A Índia deve receber chuvas acima da média em setembro, após um excesso em agosto, disse o departamento meteorológico neste sábado.
As chuvas em setembro devem ser 109% maiores que a média de 50 anos, afirmou Mrutyunjay Mohapatra, diretor-geral do Departamento Meteorológico da Índia, em uma entrevista coletiva virtual.
Chuvas acima do normal podem danificar plantações semeadas no verão do hemisfério norte, como arroz, algodão, soja, milho e leguminosas, tipicamente colhidas a partir de meados de setembro.
Os danos às plantações podem levar à inflação alimentar, mas as chuvas também podem provocar maior umidade do solo, beneficiando o plantio de culturas de inverno, como trigo, colza e grão-de-bico.
A Índia, segunda maior produtora de trigo, açúcar e arroz do mundo, impôs várias restrições à exportação dessas commodities agrícolas e quaisquer prejuízos pelo excesso de chuvas podem fazer com que Nova Délh estenda as restrições.
Após receber um excesso de 9% de chuva em julho, a Índia teve 15,3% de chuva a mais do que a média em agosto. As regiões noroeste e central do país receberam fortes chuvas, com inundações em alguns Estados.
O país registrou 6,9% de chuvas acima da média desde o começo da temporada de monções em 1º de junho.
Alma de uma economia de quase 3,5 trilhões de dólares, a monção anual traz quase 70% da chuva que a Índia precisa para irrigar fazendas e reabastecer reservatórios e aquíferos. Sem irrigação, quase metade das terras agrícolas do país depende das chuvas que geralmente ocorrem entre junho e setembro.
As monções geralmente começam a recuar em meados de setembro do Estado de Rajasthan, no noroeste, e terminam em todo o país em meados de outubro.
No entanto, a previsão para setembro indica que o término deste ano pode ser atrasado.
"A previsão para setembro sugere que uma boa atividade de chuva sobre Rajasthan e Gujarat começará aproximadamente em 15 de setembro. Neste momento, se observarmos, a retirada está atrasada", disse Mohapatra.
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