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'Cria da periferia', 'prefeitão': o 1º programa eleitoral no rádio em SP

Candidatos à Prefeitura de São Paulo: da esquerda para a direita, Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, Tabata Amaral e Datena - Edson Lopes Jr/Secom; Danilo Verpa/Folhapress; Bruno Santos/Folhapress e Rubens Cavallari/Folhapress
Candidatos à Prefeitura de São Paulo: da esquerda para a direita, Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, Tabata Amaral e Datena Imagem: Edson Lopes Jr/Secom; Danilo Verpa/Folhapress; Bruno Santos/Folhapress e Rubens Cavallari/Folhapress
do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/08/2024 08h30

Jingles, promessas de uma cidade melhor e citações dos problemas da capital foram os destaques na primeira propaganda eleitoral gratuita no rádio dos candidatos à Prefeitura de São Paulo.

O que aconteceu

Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB) iniciaram seus programas. A propaganda na TV será transmitida às 13h — os outros seis candidatos à prefeitura não têm direito a campanha gratuita por causa da regra eleitoral.

Nunes apostou em uma ideia de programa da "rádio da periferia", como se estivesse sendo entrevistado. O atual prefeito falou da sua trajetória como vereador por oito anos, empreendedor e citou o fato de ter sido vice de Bruno Covas (morto em 2021).

O programa do emedebista explorou a figura de "cria da periferia" e bandeiras da gestão como a tarifa zero aos domingos. Nunes não fez menção ao vice coronel Ricardo Mello Araújo (PL), nem ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O candidato à reeleição tem o maior tempo na grade, mais de seis minutos.

Boulos falou da ameaça bolsonarista na cidade e convidou eleitores para ato no sábado. O candidato do PSOL reforçou o que vem dizendo que tanto Nunes, oficialmente apoiado por Bolsonaro, quanto Pablo Marçal (PRTB), são candidatos bolsonaristas, numa tentativa de repetir a polarização do cenário eleitoral de 2022.

Diferentemente de Nunes, o psolista apresentou a vice Marta Suplicy (PT) logo nos primeiros segundos do programa. Boulos também afirmou que usará o espaço para falar das propostas que a chapa têm para "resolver os problemas que afetam a sua vida".

Com menos de 40 segundos, Datena e Tabata adotaram estratégias diferentes para o primeiro programa. O apresentador usou o tempo para criticar adversários, sem citá-los nominalmente. "Prometem o que já não cumpriram", diz o tucano, que também não cita o vice, José Aníbal (PSDB). O jingle do candidato diz que "45 é prefeitão".

Já a candidata do PSB dividiu os 30 segundos entre o jingle da campanha e a voz de um narrador que apresenta os problemas da cidade. Tabata e Datena tem os menores tempos, porque fazem parte de chapas puro-sangue, sem o apoio de outros partidos.

Pablo Marçal (PRTB) não terá tempo no horário eleitoral. Conforme regra eleitoral que estabelece o direito a propaganda gratuita, o ex-coach não aparecerá no horário eleitoral porque o partido dele não elegeu nenhum deputado ou senador. Boulos (23%) e Nunes (19%) estão empatados tecnicamente com Marçal (21%), segundo Datafolha.

O que disseram

Você está falando sobre a história de vida de Ricardo Nunes? É inspiradora, viu? O cara da periferia, né, do Parque Santo Antônio, zona sul? Isso mesmo! Deu duro na vida, estudou em escola pública, se tornou empreendedor e vereador atuante em defesa da quebrada.
Trecho de propaganda eleitoral de Nunes no rádio

Escolher qualquer um desses dois é entregar São Paulo nas mãos do bolsonarismo e do crime. Nosso caminho é outro, é o caminho da esperança e das oportunidades para todos.
Guilherme Boulos em propaganda no rádio

O que tem de gente contando mentira por aí, batendo no peito e dizendo que vai fazer coisa que não tem coragem pra fazer, não dá para contar no gibi.
Datena

Você está cansado de esperar o ônibus, de esperar na fila do exame, de esperar a prefeitura resolver os problemas?
Trecho de propaganda eleitoral da Tabata no rádio

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