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Tufão Shanshan perde força e avança em direção ao norte do Japão

29/08/2024 22h07

O tufão Shanshan, debilitado, avançava em direção ao norte do Japão nesta sexta-feira (30), depois de provocar chuvas recordes em algumas cidades, caos na rede de transportes e pelo menos quatro mortes.

A força do tufão, um dos mais intensos a atingir o Japão nas últimas décadas, diminuiu após atingir o extremo sul do país na quinta-feira, com ventos de até 126 km/h nesta sexta-feira.

O balanço de quatro mortes foi anunciado pelo porta-voz do governo nipônico, Yoshimasa Hayashi.

O número pode aumentar com outras duas mortes que dependem da confirmação dos legistas e o desaparecimento de duas pessoas, acrescentou.

O tufão deixou oito pessoas gravemente feridas e quase 70 com ferimentos leves, muitas deles devido a janelas quebradas ou telhas arrancadas pelas rajadas de vento que atingiram 252 km/h na quinta-feira.

As autoridades japonesas emitiram o nível de alerta mais elevado e recomendaram evacuações em diversas áreas, nas quais vivem cinco milhões de pessoas. As autoridades não informaram quantas atenderam aos avisos.

Algumas partes da ilha de Kyushu, no sul do arquipélago, registaram nível recorde de chuvas para o mês de agosto, como a cidade de Misato, que recebeu 791,5 milímetros de chuva em 48 horas, segundo a Agência Meteorológica do Japão.

Na quinta-feira, mais de 250 mil imóveis da ilha ficaram sem energia elétrica, mas nesta sexta-feira o número caiu para apenas 6.500, segundo a operadora da região.

O tufão também provocou cenas de caos na rede de transportes, com muitas rodovias fechadas total ou parcialmente em Kyushu.

Os serviços ferroviários de alta velocidade foram suspensos nesta ilha e também na importante linha entre Tóquio e Osaka. As principais companhias aéreas japonesas cancelaram mais de mil voos desde quinta-feira.

De 15 a 17 de agosto, a passagem de outro tufão, Ampil, provocou o cancelamento de centenas de voos e trens no Japão, mas deixou apenas feridos e pequenos danos.

Segundo um estudo publicado no mês passado, os tufões na região do Pacífico estão se formando mais perto da costa, intensificando-se mais rapidamente e permanecendo em terra por mais tempo devido às mudanças climáticas.

hih-kh-stu/cwl/dbh/arm/fp

© Agence France-Presse

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