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Marçal diz 'usar PRTB' e se sentir constrangido com acusação contra aliados

Pablo Marçal em entrevista à GloboNews - Reprodução
Pablo Marçal em entrevista à GloboNews Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

27/08/2024 00h24Atualizada em 27/08/2024 00h24

Pablo Marçal (PRTB) se disse "constrangido" pela suspeita de ligação de aliados de seu partido ao PCC e afirmou que está só "usando" a legenda para se candidatar à Prefeitura de São Paulo.

O que aconteceu

Marçal afirmou que, se pudesse, afastaria do PRTB todos os suspeitos de envolvimento com a facção "Não sou presidente do partido, não sou dono. Se dependesse de mim, é afastamento geral. Não mando no partido, sou uma pessoa que está usando o partido para sair candidato", declarou em entrevista à GloboNews. Marçal é presidente de honra da legenda.

Ele também se disse constrangido pelas denúncias. "Isso é totalmente constrangedor, precisava de gente trabalhadora e honesta. Tem esse tipo de gente lá, o que posso fazer?", afirmou. Mais cedo, em entrevista à CNN, Marçal propôs uma "campanha nacional" para higienizar o partido de uma suposta infiltração do crime organizado.

O empresário também disse que, se pudesse, afastaria o presidente nacional da legenda, Leonardo Avalanche. "Eu gostaria que ele [se] afastasse, ele falou que vai provar a inocência", disse. "Se o partido fosse meu, já estaria afastado até a apuração".

Em áudio, Avalanche, que é principal fiador de Marçal no partido, disse ter vínculo com o PCC. Em conversa gravada em fevereiro, ele cita relações com o crime organizado e que foi o responsável por soltar o chefe do PCC André do Rap.

Ex-presidente estadual do PRTB em São Paulo foi indiciado por tráfico de drogas e associação ao crime organizado. Segundo a investigação da Polícia Civil, Tarcísio Escobar trocava carros de luxo por cocaína para a facção.

Eu posso fazer o que, vou condenar o cara? Nos ajude a limpar [o PRTB], eu não sou polícia. Você fala que eu tinha que sair [do partido], aí teria que jogar a [candidatura à] prefeitura no lixo. É obrigatório ter partido.

Eu não escolhi [o partido], foi o único que deu para entrar. Se for eleito, depois posso sair. É o que eu tenho.
Pablo Marçal, em sabatina na GloboNews

'Todo mundo erra', diz sobre sua condenação

Marçal disse que passou "três ou quatro dias" detido na Superintendência da Polícia Federal em 2010. Ele foi condenado por furto qualificado pela Justiça Federal de Goiás — ele não chegou a cumprir a pena, que prescreveu em 2018, após a defesa entrar com recurso.

Adversários na corrida eleitoral usam condenação como municação contra Marçal. Ele foi considerado culpado em ação que mirou uma quadrilha que desviou dinheiro de contas de bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Queria ser uma pessoa que nunca foi processada, um menino que nem peida. Mas não foi assim. Infelizmente, fui injustiçado. Muitas coisas na minha vida foi bobeira mesmo que eu fiz, todo mundo erra.
Pablo Marçal, em sabatina na GloboNews

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