Jogos Paralímpicos podem inspirar melhorias na acessibilidade de Paris?
Nesta terça-feira (27), véspera da abertura dos Jogos Paralímpicos, o diário francês Le Parisien chama a atenção para a falta acessibilidade da capital. As questões de acesso nos meios de transporte, principalmente metrô e trens, ainda deixam muito a desejar em Paris. Em contrapartida, Le Monde traz uma um balanço do festival de música Rock en Seine, que aconteceu no final de semana, cheio de projetos de inclusão e acessibilidade.
Nesta terça-feira (27), véspera da abertura dos Jogos Paralímpicos, o diário francês Le Parisien chama a atenção para a falta acessibilidade da capital. As questões de acesso nos meios de transporte, principalmente metrô e trens, ainda deixam muito a desejar em Paris. Em contrapartida, Le Monde traz uma um balanço do festival de música Rock en Seine, que aconteceu no final de semana, cheio de projetos de inclusão e acessibilidade.
Le Parisien traz na capa de seu impresso desta terça-feira, o desafio da acessibilidade nos metrôs da cidade sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que começam neste dia 28 de agosto até 8 de setembro. O jornal publica uma entrevista com a presidente do Conselho da Região Metropolitana Ilê-de-France, Valérie Pécresse, que propõe o lançamento de um plano de € 20 bilhões para tornar as antigas linhas de metrô de Paris acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida em um prazo de 20 anos.
E deixa o questionamento: os Jogos Paralímpicos darão um impulso ao projeto que já foi citado diversas vezes e nunca foi lançado?
Os dados contidos na reportagem contabilizam hoje 290 estações acessíveis no metrô parisiense, cinco vezes mais do que em 2016. A rede ferroviária da região conta com 56% de acessibilidade e se aproxima dos números de acessibilidade de Londres após os Jogos de 2012.
Le Parisien traz também uma curta reportagem sobre a experiência de uma pessoa que usa cadeiras de rodas em Paris, e a única linha de metrô que passou no teste de locomoção foi a mais recente inaugurada às vésperas dos Jogos de Paris 2024, a linha 14, que liga Saint-Ouen - onde fica a Vila dos atletas e a sede do Time Brasil - ao aeroporto de Orly, no sul da capital.
Entretanto, o projeto proposto por Valérie Pécresse enfrenta dificuldades para avançar. A questão central é que a região de Île-de-France diz que está pronta para financiar um terço do valor e recorre ao Estado francês e à Prefeitura de Paris para se comprometerem com o restante.
Mas a prefeita Anne Hidalgo alega que a responsabilidade dos transportes públicos é da região e "se recusa categoricamente a se comprometer com qualquer orçamento para financiar obras", diz o texto.
Festival parisiense da inclusão
Na mesma temática, Le Monde desta terça-feira, faz um balanço do Rock en Seine, o maior festival de música de Paris, que apresentou programas específicos e acentuou seus mecanismos de acesso e inclusão este ano. Os organizadores contam terem se inspirado nos Jogos de Paris 2024 para a estabelecer novos critérios no evento.
Alguns destaques foram certos concertos inteiramente traduzidos para o francês com projeção em língua de sinais nas telas, coral com pessoas com deficiência visual, autismo, deficiência motora, e as atrações do local da festa que incluíram parede de escalada com apoios escritos em braille e jogo de basquete em cadeira de rodas.
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