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Ibovespa hesita após renovar máxima; Vale sobe com anúncio de CEO, minério

27/08/2024 10h11

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa hesitava nesta terça-feira, após renovar máximas, voltando a superar os 137 mil pontos, enquanto Vale avançava 2% após anunciar novo CEO, em movimento apoiado ainda pela alta dos futuros do minério de ferro na Ásia.

Por volta de 10h50, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,14%, a 136.701,48 pontos, tendo chegado a 137.120,13 pontos no melhor momento, novo topo intradia, e a 136.664,4 pontos na mínima.

O volume financeiro somava 2,58 bilhões de reais.

No exterior, as bolsas norte-americanas começavam a sessão em queda, enquanto o rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos avançavam, com o Treasury de 10 anos marcando 3,8577%, de 3,818% na véspera.

"Após uma semana memorável para a maioria dos mercados acionários mundo afora os investidores parecem buscar maiores evidências sobre a sustentabilidade desse otimismo antes de irem novamente às compras", afirmou a equipe da Ágora Investimentos.

"Essa falta de referência no exterior pode abrir espaço para uma realização de lucros do Ibovespa", ponderou em relatório enviado a clientes mais cedo.

Na agenda doméstica, o IPCA-15, prévia da inflação usada como referência no regime de metas do Banco Central, desacelerou em agosto, registrando alta de 0,19%, em linha com o esperado por economistas, mostrou o IBGE.

"Em agosto a inflação foi influenciada por fatores pontuais e voláteis, que não devem se reproduzir nos próximos meses", afirmou o economista-chefe da economista-chefe da Azimut Brasil WM, Gino Olivares, em nota.

"Sendo assim, consideramos que o comportamento da inflação no IPCA-15 de agosto pode ser considerado benigno. Porém, com a inflação ainda acima da meta, todo cuidado é pouco", acrescentou.

DESTAQUES

- VALE ON subia 2%, em meio à repercussão positiva do anúncio da mineradora de que o atual vice-presidente executivo de Finanças, Gustavo Pimenta, será o próximo presidente-executivo da companhia. O movimento das ações ainda era endossado pela alta dos futuros do minério de ferro na Ásia. Na máxima até o momento, a ação subiu mais de 3%

- PETROBRAS PN recuava 1,47%, em sessão de ajustes após disparar para novas máximas históricas na véspera, terminando com um ganho de mais de 7%. Nesta sessão, a correção de baixa era apoiada pelo declínio dos preços do petróleo no mercado internacional.

- BRF ON avançava 1,82%, com analistas do JPMorgan avaliando que as ações, assim como as da JBS, continuam com valuation atrativo, uma vez que o momento robusto para os resultados ainda não acabou. Eles elevaram o preço-alvo de BRF de 25,50 para 29 reais e de JBS de 37 para 43 reais, reiterando "overweight" a ambos. JBS ON ganhava 0,14%.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,14%, com os rivais BRADESCO PN e BANCO DO BRASIL ON perdendo 0,64% e 0,53%, respectivamente, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT registrava variação negativa de 0,16%.

- COGNA ON caía 2,76%, tendo como pano de fundo relatório do JPMorgan cortando a recomendação da Vasta, controlada pelo grupo de educação, para "underweight" ante "overweight", citando perspectiva de margens. VASTA, que é negociada no mercado norte-americano, recuava 9,75%. O JPMorgan manteve a recomendação "overweight" para Cogna.

- SÃO MARTINHO ON era negociada em baixa de 2,07%, também corrigindo parte do desempenho robusto na véspera, quando fechou em alta de 3,58%, enquanto agentes financeiros continuam avaliando os efeitos de incêndios que atingiram recentemente canaviais da companhia.

LOJAS RENNER ON valorizava-se 0,9%, renovando máxima intradia em cerca de um ano, apoiada por relatório de analistas do Bank of America elevando previsão de lucros para 2024 e 2025 da varejista, bem como o preço-alvo dos papéis de 21 para 22 reais. A recomendação de "compra" foi mantida.

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