Google e X recorrem de decisão que suspendeu perfis de Pablo Marçal

O Google e o X recorrem da decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo, que determinou a suspensão dos perfis do candidato à Prefeitura Pablo Marçal (PRTB).

O que aconteceu

Big techs argumentam que a remoção deveria se restringir a publicações específicas. Para a defesa do Google, a decisão foi "obscura" ao incluir vídeos do canal de Marçal que podem não ter nenhuma relação com a investigação.

O X considerou a ordem "desproporcional". "A suspensão integral afeta todo o conteúdo disponível na conta, impossibilitando o usuário de exercer o seu direito constitucional à livre manifestação do pensamento", disseram os advogados na peça.

Não havia manifestação do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) sobre os pedidos até a publicação deste texto.

Justiça mandou suspender perfis de Marçal até o fim da eleição

Decisão foi publicada no último sábado (24), atendendo a um pedido do PSB de Tabata Amaral. Para o partido, Marçal está desequilibrando a disputa à Prefeitura de São Paulo ao pagar seguidores para compartilharem trechos de vídeos dele nas redes sociais. O empresário contesta a acusação.

Para o Ministério Público Eleitoral, há suspeita de abuso de poder econômico. Isso porque o candidato não declara quanto está pagando, de onde vem esse dinheiro e se ele se encaixa no limite de gasto da campanha.

Justiça mandou suspender perfis de Marçal no Instagram, YouTube, TikTok e X. Entretanto, o ex-coach não está impedido de criar contas novas, desde que não infrinjam as regras novamente. No mesmo dia, ele já criou endereços reservas, e disse estar sendo perseguido.