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Exército israelense anuncia resgate de um refém do 7 de outubro

27/08/2024 15h51

O Exército israelense anunciou nesta terça-feira (27) que resgatou Kaid Farhan Alkadi, um beduíno do sul de Israel, refém na Faixa de Gaza, durante "uma operação complexa" no sul do território palestino.

"O Exército e o Shin Bet", a inteligência interior israelense, "resgataram o refém Kaid Farhan Alkadi, 52 anos, de Rahat", uma cidade beduína no deserto de Negev, "que foi sequestrado pela organização terrorista Hamas e levado para a Faixa de Gaza em 7 de outubro", afirmou o Exército em comunicado.

O Exército de Israel não forneceu mais detalhes sobre a operação, citando "a segurança dos reféns, das forças militares e nacional".

O porta-voz das Forças Armadas israelenses, contra-almirante Daniel Hagari, disse em uma coletiva de imprensa que Alkadi foi encontrado em "um túnel subterrâneo". Ele insistiu que não daria mais detalhes "por razões de segurança" e se recusou a responder a uma pergunta sobre se Alkadi tinha sido mantido naquele túnel com outros reféns.

Há uma semana, seis corpos de reféns foram encontrados no mesmo túnel.

Kaid Farhan Alkadi, pai de onze filhos, trabalhava como segurança no Kibutz Magen, na fronteira com a Faixa de Gaza, quando foi sequestrado em 7 de outubro durante o ataque do Hamas em Israel que desencadeou a guerra, segundo o Fórum de Famílias dos Reféns.

Um acordo: "única forma de avançar"

O hospital Soroka, em Beersheva (sul), que recebeu o ex-refém, indicou num comunicado de imprensa "que seu estado de saúde era bom" e que ele se encontrou com a família.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversou por telefone com Alkadi, de acordo com seu gabinete.

Ele também especificou que Israel estava realizando "negociações e operações de resgate" para libertar todos os reféns.

O presidente israelense, Isaac Herzog, elogiou o "resgate bem-sucedido" e classificou a libertação como um "momento feliz para o Estado de Israel e para a sociedade israelense", de acordo com um comunicado de seu gabinete.

Das 251 pessoas raptadas no dia do ataque do Hamas, 104 continuam detidas em Gaza, incluindo 34 declaradas mortas pelo Exército.

"Os outros reféns não podem esperar por outro milagre deste tipo (...), um acordo negociado é a única forma de avançar", apelou nesta terça-feira o Fórum das Famílias dos Reféns.

"Fazemos um apelo à comunidade internacional para que mantenha a pressão sobre o Hamas para que aceite o acordo e liberte todos os reféns", acrescentou no comunicado.

Negociações entre Israel e mediadores do Catar, Egito e dos EUA estão em curso para alcançar um cessar-fogo em Gaza, acompanhado pela libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel. O Hamas não participa.

A guerra foi desencadeada pelo ataque de 7 de outubro que resultou na morte de 1.199 pessoas do lado israelense, sobretudo civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.

As represálias israelenses deixaram pelo menos 40.476 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas, e causaram um desastre humanitário e de saúde no território sitiado.

(Com AFP)

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