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Dados do Caged para julho virão fortes, diz ministro do Trabalho

Rodrigo Viga Gaier;

26/08/2024 11h24

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta segunda-feira que os dados do Caged que serão divulgados esta semana sobre o desempenho do emprego formal em julho virão "fortes".

Segundo Marinho, que falou em evento sobre mercado de trabalho e relações trabalhistas no Rio de Janeiro, os empregos formais criados de janeiro a julho superaram o saldo de todo o ano passado.

No primeiro semestre, o país criou 1,3 milhão de postos de trabalho formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), acima dos 1,03 milhão criados no mesmo período de 2023. Em todo o ano de 2023 foram criadas 1,484 milhão de vagas, segundo dado divulgado em janeiro.

Marinho disse que os dados do setor industrial de julho também já mostrarão um cenário melhor este ano do que em todo ano passado. Os números do Caged também mostrarão uma reação do mercado do Rio Grande do Sul, afetado por enchentes sem precedentes em maio.

"O Caged vem vindo bem, julho vem bem e a indústria também, e isso é importante porque a indústria tem um emprego que é mais estrutural e melhor pela sua qualidade e remuneração. Isso ajuda bastante o processo de desenvolvimento da economia", disse ele a jornalistas .

Em junho, o país criou 201.705 vagas formais de trabalho, acima do esperado pelos economistas consultados pela Reuters. Para julho, a expectativa é de criação líquida de 190.000 vagas.

Apesar da perspectiva positiva, Marinho manteve a projeção de um saldo positivo de 2 milhões de vagas formais para 2024. Ele manifestou preocupação com a possibilidade de o Banco Central aumentar a taxa básica de juros Selic nas próximas reuniões de política monetária.

Segundo Marinho, se o BC "desandar" a aumentar juros, isso impactará investimentos e abertura de vagas, especialmente em 2025. Ele argumentou que o aumento da produção precisa se encarado pela autoridade monetária como um caminho alternativo à elevação dos juros para combater a inflação.

Autoridades do BC já afirmaram que a alta dos juros é uma possibilidade se for considerada necessária. O BC tem reiterado que o dinamismo do mercado de trabalho tem surpreendido e que a resiliência da atividade inspira cautela.

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