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Canadá vai reduzir número de trabalhadores estrangeiros temporários

26/08/2024 16h34

Por Anna Mehler Paperny

TORONTO (Reuters) - O Canadá está reduzindo em dezenas de milhares o número de trabalhadores estrangeiros temporários que traz para o país, revertendo algumas expansões do programa feitas em 2022, enquanto o governo luta para reduzir o número de residentes temporários.

O programa de trabalhadores estrangeiros temporários leva não canadenses para o país para trabalhos de curto prazo. Com o objetivo de suprir a escassez de mão de obra, ele cresceu e foi criticado por suprimir salários e deixar os trabalhadores vulneráveis a abusos, em parte devido às autorizações que os vinculam aos empregadores.

Um relator especial da ONU chamou o programa de  "um terreno fértil para formas contemporâneas de escravidão".

O primeiro-ministro Justin Trudeau disse que seu gabinete também considera reduções nos fluxos de residentes permanentes. Trudeau tem ficado para trás nas pesquisas antes da eleição prevista para o próximo ano, pois uma parcela crescente de canadenses diz que o Canadá está permitindo a entrada muitos imigrantes.

"Estamos analisando os vários fluxos para garantir que, à medida que avançamos, o Canadá continue sendo um lugar positivo em seu apoio à imigração, mas também responsável na forma como nos integramos e garantimos que haja caminhos para o sucesso de todos que chegam ao Canadá", disse Trudeau a jornalistas nesta segunda-feira.

O Canadá há muito tempo se orgulha de receber bem os recém-chegados, mas o governo está sob pressão para reduzir o número de residentes temporários, que cresceu drasticamente nos últimos anos.

O governo prometeu mais medidas para reduzir a população de residentes temporários para 5% da população total do Canadá em três anos. Sua participação foi de 6,8% em abril e o Banco do Canadá disse que esperava que esse número aumentasse.

Combinadas com as mudanças do início deste ano, espera-se que as medidas reduzam o número de trabalhadores estrangeiros temporários em cerca de 65.000, disse o ministro do Trabalho, Randy Boissonnault, nesta segunda-feira.

(Reportagem de Anna Mehler Paperny)

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