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Órgão eleitoral da Indonésia obtém aprovação para novas regras sobre demandas de manifestantes

25/08/2024 15h07

JACARTA (Reuters) - O órgão eleitoral da Indonésia conseguiu neste domingo autorização do parlamento do país para divulgar as novas regras criadas para atender a demanda dos manifestantes que protestaram contra a tentativa de aliados do presidente Joko Widodo de mudar as condições de eligibilidade em seu favor.

Manifestações aconteceram em várias cidades da Indonésia na semana passada com o aumento da insatisfação com o que críticos de Widodo viram como uma tentativa de aumentar seu poder enquanto ele se prepara para abrir espaço para o sucessor Prabowo Subianto em outubro.

As novas regras vão incluir uma decisão tomada pelo tribunal constitucional na terça-feira, que manteve a idade mínima de 30 anos para candidatos e cláusulas que simplificam o processo dos partidos para fazerem nomeações, disse o chefe do órgão eleitoral, Mochammad Afifuddin.

"Agradecemos por termos conseguido acelerar o processo (da consulta com o parlamento), já que nos dá mais espaço para o processo da nomeação”, disse ele, se referindo ao registro de líderes regionais que vai começar na próxima terça-feira.

O parlamento começou os debates no fim do ano passado para revistar as leis eleitorais regionais, mas decidiu apressar as mudanças depois da decisão do tribunal constitucional.

A mudança política abre espaço para o rival de Prabowo na eleição presidencial, Anies Baswedan, ser nomeado para a posição de governador de Jacarta, posição que ocupou entre 2017-2022. Mas também significa que seu filho de 29 anos Kaesang Pangarep não vai poder participar das disputas regionais.

No domingo, o órgão eleitoral participou de um encontro no parlamento com a comissão responsável por estudar as questões eleitorais para garantir a aprovação parlamentar antes da divulgação das novas regras.

A popularidade e grande influência de Jokowi, como o presidente é conhecido, foi fundamental para a confortável vitória de Prabowo na eleição de fevereiro, no que foi visto como uma troca que garantiria que o líder em fim de mandato mantenha poder político mesmo deixando o cargo.

(Por Stefanno Sulaiman)

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