Órgão eleitoral da Indonésia obtém aprovação para novas regras sobre demandas de manifestantes
JACARTA (Reuters) - O órgão eleitoral da Indonésia conseguiu neste domingo autorização do parlamento do país para divulgar as novas regras criadas para atender a demanda dos manifestantes que protestaram contra a tentativa de aliados do presidente Joko Widodo de mudar as condições de eligibilidade em seu favor.
Manifestações aconteceram em várias cidades da Indonésia na semana passada com o aumento da insatisfação com o que críticos de Widodo viram como uma tentativa de aumentar seu poder enquanto ele se prepara para abrir espaço para o sucessor Prabowo Subianto em outubro.
As novas regras vão incluir uma decisão tomada pelo tribunal constitucional na terça-feira, que manteve a idade mínima de 30 anos para candidatos e cláusulas que simplificam o processo dos partidos para fazerem nomeações, disse o chefe do órgão eleitoral, Mochammad Afifuddin.
"Agradecemos por termos conseguido acelerar o processo (da consulta com o parlamento), já que nos dá mais espaço para o processo da nomeação”, disse ele, se referindo ao registro de líderes regionais que vai começar na próxima terça-feira.
O parlamento começou os debates no fim do ano passado para revistar as leis eleitorais regionais, mas decidiu apressar as mudanças depois da decisão do tribunal constitucional.
A mudança política abre espaço para o rival de Prabowo na eleição presidencial, Anies Baswedan, ser nomeado para a posição de governador de Jacarta, posição que ocupou entre 2017-2022. Mas também significa que seu filho de 29 anos Kaesang Pangarep não vai poder participar das disputas regionais.
No domingo, o órgão eleitoral participou de um encontro no parlamento com a comissão responsável por estudar as questões eleitorais para garantir a aprovação parlamentar antes da divulgação das novas regras.
A popularidade e grande influência de Jokowi, como o presidente é conhecido, foi fundamental para a confortável vitória de Prabowo na eleição de fevereiro, no que foi visto como uma troca que garantiria que o líder em fim de mandato mantenha poder político mesmo deixando o cargo.
(Por Stefanno Sulaiman)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.