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Cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris terá "a mesma ambição" que a da Olimpíada

25/08/2024 12h20

No coração da cidade, grandiosa e com surpresas: os organizadores da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, prevista para a quarta-feira (28) à noite em Paris, tem "o mesmo nível de ambição" que a dos Jogos Olímpicos, que foi prestigiada em todo o mundo. O diretor artístico das duas cerimônias, Thomas Jolly, garantiu que "a pressão é bastante equivalente", na comparação com o espetáculo de 26 de julho no Sena.

Assim como aconteceu com os Jogos Olímpicos, esta será a primeira vez que uma cerimônia dos Jogos Paralímpicos será realizada fora de um estádio. A partir das 20h (15h em Brasília) de quarta-feira, cerca de 4.400 para-atletas de 182 delegações desfilarão da avenida Champs-Elysées até a Praça da Concórdia, onde será realizado um espetáculo intitulado "Paradoxo".

"Colocar a cidade como cenário desta cerimônia já é um paradoxo, uma vez que a cidade não está totalmente adaptada para pessoas com deficiência", sublinhou Thomas Jolly, em uma coletiva de imprensa.

Thierry Reboul, diretor executivo dos eventos, transmitiu o pedido dos atletas paralímpicos de "a mesma ambição" seja buscada, mesmo que "seja complicado". "Cada cerimônia tem a sua personalidade", acrescentou.

'Traçamos a linha que vai da discórdia à concórdia'

Para os dois eventos, Joly queria combinar "festivo e político" - ele considera que "os espetáculos são sempre políticos, o que não significa serem necessariamente militantes". A inclusão e a diversidade estarão novamente no centro das diferentes cenas do espetáculo, assegurou.

"Eu queria que o corpo, os corpos, todos os corpos estivessem no centro desta cerimônia", disse. O diretor artístico escolheu trabalhar com o coreógrafo sueco Alexander Ekman que tem a "capacidade de ser muito narrativo e também muito poderoso, muito teatral".

Trilha sonora exalta perseverança e resiliência

A assinatura musical é mais uma vez a de Victor Le Masne, compositor do hino olímpico, que trabalhou junto com Alexander Ekman. Em comparação com cerimônias anteriores, a que vem a seguir oferecerá uma partitura "um pouco mais minimalista, um pouco mais nua", porém com "muita bateria, muitos teclados, muita diversidade", explicou o compositor.

Foi revelado um trecho, "Sportography", que pega as palavras dos atletas e as transforma em uma linguagem musical, num fundo muito rítmico e animado. As palavras  "perseverança, resiliência e determinação" são cantadas repetidamente.

Victor Le Masne também prometeu um "cruzamento do repertório musical" com convidados surpresa, sempre com seu toque misturando sinfônico e eletrônico.

A cerimônia será novamente filmada pela OBS, subsidiária do Comitê Olímpico Internacional (COI), e retransmitida ao vivo por emissores de TV no mundo inteiro.

Com AFP

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