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Seis PMs são presos por suspeita de assassinar jovem em abordagem no PR

Viatura da Polícia Militar do Paraná - Divulgação
Viatura da Polícia Militar do Paraná Imagem: Divulgação
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/08/2024 15h02

Seis agentes da Polícia Militar do Paraná foram presos, nesta quinta-feira (22), por suspeita de participação no assassinato de um jovem de 23 anos.

O que aconteceu

PMs foram presos em operação do Ministério Público do Paraná com o apoio da Corregedoria-Geral da PM-PR. Na manhã desta quinta, agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado cumpriram, além das prisões dos militares, mandados de buscas e apreensões em endereços dos suspeitos. Os policiais não tiveram os nomes divulgados.

Militares são suspeitos pela morte um jovem de 23 anos. De acordo com o MP-PR, o crime ocorreu no dia 15 de julho, no bairro Butiatuvinha, em Curitiba. A vítima teria sido morta após um confronto com os PMs investigados.

Câmeras de segurança desmentem alegações dos PMs para a morte do rapaz, segundo o MP. Conforme o órgão, a apuração do Gaeco começou com a análise de boletins de ocorrência, que indicavam que uma unidade da Ronda Ostensiva de Tático Móvel teria se envolvido em situação de confronto ao dar apoio a uma abordagem de uma equipe de rádio patrulha. Entretanto, as imagens de câmeras de segurança da região não batem com a descrição oficial feita pelos militares.

Agentes já têm histórico de abordagens com mortes de civis. Pelo menos quatro dos policiais militares investigados possuem registros de envolvimento em eventos similares, com resultado de morte de civis — um deles tem 23 ocorrências, informou o MP.

Em nota, a PM-PR disse ter colaborado com a investigação. A corporação ressaltou que os suspeitos estão suspensos da função pública durante a apuração dos fatos.

Ao UOL, a defesa de dois policiais diz que acredita na revogação da prisão. "Estamos nos habilitando nos autos, mas temos segurança que os fatos serão esclarecidos e que esta prisão será revogada", diz a nota. A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos outros PMs presos. O espaço segue aberto para manifestação.

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