É um iPod? Testamos o fone de ouvido da JBL com tela no estojo de recarga
Entre tantos fones de ouvido bluetooth no mercado, o modelo JBL Tour Pro 2 se destaca por um diferencial: uma tela sensível ao toque embutida no estojo de recarga. Nostálgicos diriam que lembra um iPod, o saudoso reprodutor de MP3 da Apple.
O Guia de Compras UOL testou o fone e conta a seguir seus prós e contras. Uma boa notícia é que ele está em promoção: de R$ 1.699 por R$ 1.194,26 —um desconto de 30%.
O que esse fone tem de bom?
- Ótima qualidade sonora, com driver de 10 mm com tecnologia Pro Sound, para graves potentes e equilibrados
- Caixinha divertida e interativa
- Cancelamento de ruído ativo (ANC). Ele serve para isolar os barulhos externos
- Modos de som espacial, no qual o som parece vir de diferentes direções, o que dá maior imersão
- Suporte a comandos de voz (Alexa ou Siri)
- Bluetooth 5.3 LE com Google Fast Pair e Microsoft Swift Pair, ambas tecnologias que conectam dois aparelhos diferentes de um modo mais rápido
- Aplicativo JBL Headphones com variadas funções
- Funciona com iPhone e Android
Como foi minha experiência
Ótimo cancelamento de ruído. Eu, que gosto de ouvir músicas "blindada" do mundo, achei o recurso muito bom. Dá para ativá-lo pela tela, pelo app ou com toquinhos no fone.
São três opções: noise cancelling (cancelamento total de ruído), talkthru (para conversar rapidamente com alguém sem precisar tirar os fones) e ambient aware (deixa passar um pouco do som exterior, caso prefira assim ou para situações em que isso traz mais segurança, como andando em ruas movimentadas).
Áudio espacial deixa tudo mais imersivo. O som espacial tem três modos: filme, música e game. Ele dá um "up" no áudio, que parece vir de diferentes direções e distâncias, ficando mais imersivo. Não é tão impressionante como o dos AirPods, da Apple, mas valoriza a experiência. Pode ser selecionado pela tela ou no aplicativo.
Equalização customizável. Nem todo fone te permite alterar as características do áudio. No modelo da JBL há cinco opções pré-definidas: jazz, vocal, club, bass e studio.
Para o tipo de música que ouço, rock em geral, os dois últimos são os mais interessantes, pois destacam os instrumentos. Além disso, você pode criar seu próprio perfil, customizando as frequências sonoras que mais te agradam.
Bateria dura. É mais um ponto positivo. Mesmo tendo uma caixinha relativamente pequena (e com uma tela que consome energia), a JBL promete de 8 a 10 horas de música.
Nos meus testes, com o cancelamento de ruído quase sempre ligado, o Tour Pro 2 cumpriu o prometido —uso para ir e voltar do trabalho e carrego no máximo uma vez por semana. O aparelho pode ser carregado por um cabo USB-C incluso ou por indução, na traseira do estojo.
Comandos fáceis. As hastes dos fones aceitam comandos por toquinhos, que também podem ser alterados. Por padrão, o lado direito dá para controlar a reprodução:
- 1 toque: play/pause
- 2 toques: próxima música
- 3 toques: música anterior
- tocar e segurar: ativar a assistente de voz
Do esquerdo, alternar entre os modos de som:
- 1 toque: cancelamento de ruído/ambient aware
- 2 toques: talkthru
Em ambos, dá para aceitar uma ligação com dois toques ou rejeitá-la com um toque longo.
Conforto. Os fones são super leves, confortáveis e não caem da orelha; dá para ficar horas usando sem incomodar. Além disso, vêm com três diferentes ponteiras de silicone e o app oferece um teste de vedação, para verificar se você escolheu a correta.
Afinal, para que serve a tela?
Vamos ao ponto mais aguardado, que é a telinha de 1,54 polegada no estojo de recarga. Este é o primeiro fone do mundo a lançar esse recurso, que pode virar tendência.
Apesar de não ter memória interna para armazenar músicas, de fato, algumas das funções do case do JBL Tour Pro 2 lembram os antigos iPods.
Dá para:
- controlar o volume
- trocar de música
- visualizar a porcentagem de bateria da caixa e dos fones
- receber notificações de apps do celular
- mudar o modo de cancelamento de ruído
- escolher o perfil de equalização
- ativar o som espacial
- mudar o fundo de tela
- ativar um timer
- ligar uma lanterninha (que é basicamente a tela acesa na cor branca)
Admito que usei a tela menos que gostaria, pois muitas vezes acabei "esquecendo" dela e usando os controles no celular ou no smartwatch mesmo, como já estou acostumada. Mas ela é útil para comandos rápidos em algumas ocasiões. Por exemplo, se você está na rua ou no transporte público e não quer pegar o celular.
Olhar facilmente a bateria restante nos fones também é útil para que a gente não esqueça de carregar o aparelho. Quando está acabando, a caixa para de funcionar, e os fones têm uma última carga, suficiente para um trajeto ao trabalho, por exemplo.
Outro recurso bacana é o "Find My Buds", que ajuda a encontrar os fones, caso você não saiba onde os colocou —por exemplo, se caiu dentro da mochila ou ficou largado em outro cômodo da casa.
Pela caixinha, é só selecionar qual dos lados está perdido para emitir um som super alto e agudo, que facilmente consegue ser ouvido de fora (jamais tente testar isso com o fone na orelha).
Pontos de atenção
Preço. Não dá para negar que o investimento é alto. Mas esta oferta está bem interessante, sendo uma oportunidade rara de conseguir comprá-lo por um valor mais barato. Produtos top de linha não costumam ter descontos tão grandes e esse é o menor preço que já vimos.
Mais uma tela na sua vida. Por mais que tenha funções, vale refletir se você irá mesmo utilizá-la no dia a dia. Caso contrário, pode ser interessante comprar fones de ouvido que custem menos.
Para quem é o JBL Tour Pro 2?
O JBL Tour Pro 2 é um dos melhores fones que já usei. Não pela tela na caixinha, mas pela qualidade sonora, os graves potentes, os recursos de áudio avançados e customizáveis, o bom cancelamento de ruído e a bateria de longa duração.
A tela, por si só, não acrescenta novas funções, visto que elas também podem ser acessadas pelo celular, pelo app ou mesmo por toquinhos nos fones. Ainda assim, é legal ver uma inovação em um produto, que pode levar a novas possibilidades futuras.
A caixinha "iPod" não é a estrela, mas sim um diferencial divertido —que, claro, deixa o produto mais caro. É um fone para quem quer bom som e está disposto a investir em um produto diferentão. Se houver um desconto, como agora, se torna uma opção mais interessante.
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