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Casas Bahia reverte prejuízo e lucra R$37 mi no 2º trimestre

Casas Bahia - Getty Images
Casas Bahia Imagem: Getty Images

Patricia Vilas Boas;

07/08/2024 20h15

O Grupo Casas Bahia divulgou nesta quarta-feira lucro líquido de 37 milhões de reais no segundo trimestre, um ano após o lançamento de seu plano de reestruturação, revertendo prejuízo de 492 milhões de reais apurado no mesmo período de 2023.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado apresentou queda de 3,5% no comparativo anual, para 452 milhões de reais — declínio menor que o observado no primeiro trimestre —, com margem Ebitda ajustada 0,7 ponto percentual acima do resultado de um ano antes, em 7%.

Segundo o presidente-executivo da companhia, Renato Franklin, o terceiro trimestre será de crescimento. "O segundo trimestre foi o ponto de inflexão, agora a gente vai ter um crescimento, não é um crescimento astronômico, mas é um crescimento marginal", afirmou.

Doze meses após iniciar seu plano de reestruturação, com o objetivo de reduzir estoques, o grupo de varejo agora inicia uma segunda fase com "investimentos seletivos" em categorias-chave para a companhia, como eletrodomésticos, eletroportáteis, móveis, televisores e celulares, de acordo com o CEO.

Neste período, a Casas Bahia reduziu o nível dos estoques para 82 dias, versus 97 dias no segundo trimestre de 2023, 1,4 bilhão de reais menor. Também concluiu a migração da venda de 23 subcategorias de produtos para seu marketplace, com crescimento de 5,1% no volume bruto de mercadorias (GMV) na comparação com os primeiros seis meses do ano passado.

"A gente vê um crescimento em julho já (no conceito) mesmas lojas quando a gente compara com o ano passado e vê agosto um pouquinho melhor do que julho. Então a gente tem operado cada vez melhor", disse o executivo à Reuters.

"Ainda é uma preparação e a gente vai ver mais crescimento no quarto trimestre, mas sim, o terceiro trimestre já é um pouco melhor do que o segundo", acrescentou.

No segundo trimestre, a receita líquida ainda mostrou declínio de 13,5% ano a ano, para 6,5 bilhões de reais, enquanto a margem bruta da companhia avançou 1,6 ponto percentual na mesma base, para 30,7%.

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) diminuíram 9,1% em relação aos meses de abril a junho de 2023, conforme relatório de resultados divulgado nesta quarta-feira.

Nos primeiros seis meses do ano, a Casas Bahia reduziu sua força de trabalho em 20%, com o corte de mais de 10 mil funcionários, e reduziu 40% da liderança, o que implicou uma diminuição nas despesas com pessoal de 9,5% ano a ano, liberando 141 milhões de reais.

Franklin também destacou planos de curto prazo para expandir o sistema de crediário da Casas Bahia. "Ao longo do segundo semestre a gente vai fazer captações no Fidc para poder possibilitar o crescimento desse crediário e gerar mais valor para a companhia."

A Casas Bahia apurou fluxo de caixa positivo de 92 milhões de reais no trimestre encerrado em junho, mas ainda acumula consumo de 82 milhões de reais nos primeiros seis meses do ano. O montante, no entanto, é inferior à queima de 307 milhões de reais apurada no primeiro semestre de 2023.

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