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Petróleo atenua perdas após registrar mínimo em seis meses

05/08/2024 18h33

Os preços do petróleo, que caíram na abertura a valores mínimos em seis meses devido aos temores de recessão nos Estados Unidos e na China, amenizaram suas perdas no fechamento desta segunda-feira (5).

O barril de Brent do mar do Norte para entrega em setembro cedeu 0,66% a 76,30 dólares, após tocar um mínimo desde janeiro.

Por sua vez, o West Texas Intermediate (WTI) com a mesma entrega perdeu 0,78% a 72,94 dólares, pouco depois de atingir seu mínimo em seis meses.

"Os temores de uma destruição da demanda" mundial de petróleo "se intensificam", e pesam sobre os preços do petróleo em um contexto de aversão ao risco, resumiu Tamas Varga, analista da PVM Energy.

Esses temores têm mais peso no mercado do que "os riscos de fornecimento ligados ao aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio", afirmou John Plassard, especialista em investimentos da Mirabaud.

Dados do emprego nos Estados Unidos em julho, publicados na sexta-feira, mostraram que o ritmo de criação de postos de trabalho caiu, enquanto o desemprego aumentou.

Esses números se somaram "à fraqueza dos dados da indústria manufatureira" em julho, acrescentou Plassard.

Assim, "foram reativados os temores de uma recessão" na maior economia do mundo, resumiram os analistas do DNB.

Já a indústria manufatureira na China teve uma contração de atividade em julho, caindo de 51,8 pontos em junho para 49,8 pontos. Qualquer valor abaixo de 50 indica contração de atividade, neste caso, a primeira desde outubro de 2023 para o índice chinês PMI Caixin.

A saúde da economia da China, o maior importador mundial de petróleo, preocupava os investidores desde que seu crescimento estagnou no segundo trimestre.

O gigante asiático caminha para uma crise sem precedentes em seu vasto setor imobiliário, além de um consumo que continua fraco e uma taxa de desemprego alta entre os jovens.

Na segunda metade do dia, o mercado recebeu satisfeito o dado de atividade no setor de serviços dos Estados Unidos, que registrou uma recuperação em julho, até acima do esperado, segundo a pesquisa publicada nesta segunda pela federação profissional ISM.

O índice que mede essa atividade situou-se em 51,4% em julho, frente aos 48,8% registrados em junho. O dado indica uma expansão.

emb-vmt/ktr/mr/atm/ic/mvv

© Agence France-Presse

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