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Bolsa de Tóquio desaba 12,4% e registra a maior queda em pontos na história

05/08/2024 04h54

A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira (5) com a maior queda em pontos de sua história, afetada pela valorização do iene e preocupação com a economia dos Estados Unidos, que também provocou baixas expressivas em Seul e Taiwan.

O Nikkei 225, principal índice da Bolsa japonesa, que já fechou em queda de 5,8% na sexta-feira, desabou 12,4% nesta segunda-feira, ou 4.451,28 pontos, para encerrar a sessão com 31.458,42 unidades, recorde de baixa na história, que recorda o 'crash' de 1987. 

O índice Topix, mais amplo, caiu 12,23%, a 2.227,15 popntos. 

A moeda japonesa, negociada em julho a quase 162 ienes por dólar, subiu nesta segunda-feira e tinha cotação de 141,73 por unidade da moeda americana, um nível que não era registrado desde janeiro. Na sexta-feira, um dólar era negociado por 146,52 ienes em Nova York.

Um iene mais forte é um fator negativo para os exportadores japoneses. 

A recente valorização foi estimulada pelas decisões políticas do Banco Central do Japão, que na semana passada aumentou suas taxas de juro pela segunda vez em 17 anos e anunciou que pode repetir a medida em breve, enquanto o Federal Reserve (Fed, banco central) dos Estados Unidos deu a entender que reduzirá as suas taxas, possivelmente a partir de setembro.

"O sentimento dos investidores foi afetado pelos dados sobre o emprego nos Estados Unidos em julho, que ficaram abaixo do esperado em julho, o que provoca o temor de que a economia americana enfrentará uma desaceleração maior que o previsto", afirmou a corretora IwaiCosmo Securities.

Nas outras Bolsas da Ásia, o índice Taiex de Taiwan e o KOSPI de Seul caíram mais de 8%. 

As Bolsas chinesas registravam quedas moderadas: o índice Hang Seng de Hong Kong recuava 2,7%, o índice composto de Xangai 1,4% e o índice de Shenzhen 1,8%.

As principais Bolsas europeias iniciaram a semana em quedao dia em queda: Frankfurt recuava 3% pouco depois da abertura, Paris cedia 2,6% e Londres 2,3%.

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© Agence France-Presse

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