Topo
Notícias

Ídolo nacional, judoca Teddy Riner estreia em casa nos Jogos de Paris 2024

02/08/2024 07h36

O entusiasmo dos franceses com a Olimpíada em casa vai ganhar um novo impulso com a estreia, nesta sexta-feira (2), do judoca Teddy Riner, um ídolo nacional, nos tatames de Paris 2024. O tricampeão olímpico de 35 anos vai tentar alcançar o terceiro ouro no individual e assim se igualar à lenda Tadahiro Nomura, único a conseguir a proeza.

"O francês está na sua melhor forma", avalia Le Figaro nesta manhã, ao lembrar que o judoca, nascido em Guadalupe, participa da sua sexta olimpíada. Da primeira, em Pequim em 2008, ele voltou para casa com um bronze, na categoria de mais de 100 quilos. Um ano antes, ele havia se tornado o mais jovem campeão mundial de judô, aos 18 anos.

Desde então, o desempenho excepcional de Riner fez ele se tornar "um mito nas escolas" francesas, salienta o Libération. A popularidade do judoca o levou a ser um dos escolhidos para acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris.

O campeão é idolatrado pelas crianças, que espalham boatos como o que haveria no Japão "uma escola de judô especial para os judocas vencerem Teddy Riner". A tal escola não existe, mas vem do Japão aquele que é apontado como o único capaz de derrotar o gigante francês, de 2,04m. O concorrente de peso, literalmente, atende pelo nome de Tatsuru Saito. O jovem de 22 anos e 170 quilos, ainda "modesto" em títulos, frisa o jornal, traz no sangue o talento na modalidade: seu pai, Hitoshi, brilhou nos anos 1980 com dois títulos olímpicos.

Pressão de disputar em casa

Le Parisien indica, entretanto, que Riner está "mais à vontade do que nunca", depois de um duro trabalho de três anos de preparação extraordinária para essa Olimpíada dentro do próprio país, que incluiu um trabalho mental para enfrentar a pressão. "Certamente eu ficaria muito decepcionado se não conseguisse vencer em casa", disse Riner ao Figaro.

Mas Libération salienta que, desde que o francês não chegou à final nos Jogos de Tóquio, em 2020, ele não desfruta mais da vantagem de ser invencível, face aos concorrentes. Há três anos, ele eliminou o brasileiro Rafael Silva e ficou com o bronze. 

Notícias