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Evento em Paraisópolis reúne comunicadores para debater visão sobre favelas

Grupo Cria Brasil realiza a segunda edição do Favela Cria neste mês; a primeira foi em 2023 - Divulgação
Grupo Cria Brasil realiza a segunda edição do Favela Cria neste mês; a primeira foi em 2023 Imagem: Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

01/08/2024 08h31

O Grupo Cria Brasil realiza neste mês a segunda edição do Favela Cria, evento que reúne especialistas em comunicação para discutir como mudar a visão do mercado sobre as favelas e periferias do Brasil.

O que aconteceu

Evento acontecerá dos dias 15 a 17 de agosto na favela de Paraisópolis, em São Paulo, e é gratuito. A edição deste ano tem o tema "Olhares e Vivências das Periferias" e vai debater como retratar as favelas e periferias sob um olhar positivo. O objetivo é combater estereótipos historicamente associados às localidades, como pobreza e violência.

Inscrição: é só se cadastrar gratuitamente no site do Sympla e doar um quilo de alimento não perecível para a campanha de combate à fome do G10 Favelas.

Segunda edição do evento quer mostrar potencial econômico, social e criativo das favelas. "A gente vai trazer as vivências dos visitantes e palestrantes. A partir desse intercâmbio, dessa conexão, mostrar como que a publicidade, a criatividade e a comunicação e como o incentivo a desenvolvê-los ainda mais com propósitos e sem estereótipos impactam a vida nas favelas", afirma o CEO da Cria Brasil, Joildo Santos.

Evento terá debates com profissionais do jornalismo, publicidade, marketing e tecnologia. Entre os palestrantes confirmados, estão:

  • a jornalista Patrícia Favalle, diretora de redação da L'Officiel Hommes, Harper's Bazaar Kids e Harper's Bazaar Noiva;
  • o executivo da Slat Ventures, Arthur Bezerra;
  • o diretor de conteúdo do UOL, Murilo Garavello;
  • o sócio do Catraca Livre e do Studio Salve, Alexandre de Melo;
  • o chairman da WMcCann, Hugo Rodrigues;
  • e o artista plástico Zezão.

O evento propõe integrar a favela com o que é feito no mercado de comunicação, publicidade e tecnologia. "A gente procurou trazer diversidade de palestrantes. Temos tanto palestrantes de origem periférica, quanto pessoas que não têm essa origem e podem compartilhar suas experiências e vivências de como fazer comunicação. Queremos mostrar que a periferia cria muito, mas precisa de oportunidade", explica Joildo, que mora em Paraisópolis há 25 anos.

Comunicação gera impacto econômico e social para as favelas. "A gente quer atuar junto ao mercado, qualificar cada vez mais capacitação, emprego e inclusão. Para mudar a vida das pessoas [nas favelas], elas precisam ter dinheiro no bolso", diz o CEO. Nesse cenário, o Favela Cria é uma forma de gerar negócios para empreendedores da favela a partir de parcerias com os executivos do mercado de comunicação que estarão no evento, explica Joildo.

Comunicação voltada para as favelas. Com essa necessidade, nasceu o Grupo Cria Brasil, que organiza o Favela Cria. Segundo Joildo, a população periférica sempre foi retratada no noticiário com um "viés que não condizia" com a produção feita nas localidades em áreas como cultura, música e esportes.

O grupo é hoje um hub de comunicação de impacto social. Ele oferece serviços de publicidade, conectando empreendedores da comunidade ao mercado e empresas do mercado ao público da periferia. O grupo possui também um jornal, um braço de registro e licenciamento de marcas e negócios inovadores e um instituto de pesquisas. A iniciativa faz parte do G10 Favelas, que reúne líderes e empreendedores de impacto social das dez maiores comunidades do país.

Serviço

  • Data: 15, 16 e 17 de agosto de 2024
  • Local: Pavilhão Social do G10 Favelas | Rua Itamotinga, 100 - São Paulo/SP
  • Inscrições: Gratuitas, basta se cadastrar gratuitamente no site do Sympla e doar um quilo (1 kg) de alimento não perecível para a campanha de combate à fome do G10 Favelas.

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