Topo
Notícias

Alckmin esteve ao lado de líder do Hamas horas antes de assassinato; veja

do UOL

Do UOL, em São Paulo

31/07/2024 09h02

O vice-presidente Geraldo Alckmin esteve ao lado do chefe do Hamas Ismail Haniyeh horas antes de seu assassinato, em Teerã, onde ambos compareceram à posse do novo presidente do Irã, na terça-feira (30).

O que aconteceu

Alckmin era um dos convidados da posse do novo presidente. Assim como Haniyeh e centenas de autoridades, o vice-presidente esteve na posse do iraniano Masoud Pezeshkian. Alckmin representou Lula e o governo brasileiro.

alckmin teerã - Reprodução/Wana via Reuters - Reprodução/Wana via Reuters
Alckmin aparece ao lado de Ismail Haniyeh, chefe do Hamas, na posse do novo presidente do Irã, em Teerã, na terça
Imagem: Reprodução/Wana via Reuters

Haniyeh foi morto horas depois ainda em Teerã. A informação é do próprio Hamas em um comunicado divulgado hoje (31). A Guarda Revolucionária do Irã confirmou que, além de Haniyeh, um de seus guarda-costas foi assassinado na manhã de ontem em caso ainda em investigação.

Até agora, ninguém assumiu a autoria do crime. Israel não comentou o caso, embora tivesse prometido matar Haniyeh e outros líderes do Hamas após o ataque do grupo que em outubro do ano passado matou 1.200 israelenses.

O Hamas afirma que Haniyeh foi assassinato em "ataque aéreo traiçoeiro à sua residência em Teerã". "É um ato covarde que não ficará impune", disse a TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas.

A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados.
Guarda Revolucionária, em comunicado

Tensão cresce na Palestina

Ismail Haniyeh - Aziz Taher/Reuters - Aziz Taher/Reuters
Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em foto de 2021
Imagem: Aziz Taher/Reuters

A notícia aumentou a tensão na Palestina. Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas condenou o assassinato, enquanto uma greve geral e manifestações foram convocadas.

Em maio, o Tribunal Penal Internacional pediu a prisão de Haniyeh. Ele era acusado por crimes de guerra cometidos durante a guerra entre Israel e Hamas. O pedido inclui outros dois chefes do Hamas, além do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e de seu ministro da defesa, Yoav Gallant.

Alckimin não chegou a conversar com Haniyeh. "Eles não conversaram", informou a assessoria da vice-presidência. "Ele já está em deslocamento para o Brasil e chega amanhã [1º/8]", diz, em nota.

Notícias