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Presidente do México critica interferência de países nas eleições da Venezuela

30/07/2024 16h44

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, questionou nesta terça-feira a interferência na Venezuela de outras nações que estão pedindo transparência nos resultados que deram uma nova vitória eleitoral ao presidente Nicolás Maduro e pediu novamente que se aguardem os números finais da eleição. 

O órgão eleitoral da Venezuela disse na noite de domingo que Maduro foi reeleito com 51% dos votos. No entanto, a oposição afirma que o candidato Edmundo González venceu por uma maioria esmagadora. 

O departamento de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) disse nesta terça-feira que não pode reconhecer os resultados da Venezuela e questionou por que a autoridade eleitoral só fez um anúncio mais de seis horas depois do fechamento das urnas, além de não ter dado detalhes das seções apuradas ou publicado as atas. 

Os governos de Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai exigiram na segunda-feira a “revisão completa dos resultados, com a presença de observadores eleitorais independentes”. 

“O que eles têm que se meter em assuntos de outros países, por que a intromissão?”, questionou López Obrador, em sua entrevista coletiva matinal. 

Mais tarde, a presidente-eleita do México, Claudia Sheinbaum, concordou que é necessário haver transparência no resultado das eleições “para que não haja espaço para a confusão”, embora tenha ressaltado que é preciso esperar a contagem final. 

“Transparência no resultado e que terminem de contar”, disse, em entrevista coletiva. 

Os Estados Unidos fizeram acusações de manipulação eleitoral e repressão na segunda-feira e disseram que o anúncio de que Maduro havia vencido um terceiro mandato havia privado a eleição de “qualquer credibilidade”. 

(Reportagem de Ana Isabel Martínez; reportagem adicional de Diego Oré)

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