Topo
Notícias

Morre bebê que usou respirador improvisado com embalagem de bolo no RN

Hospital usou embalagem de bolo como máscara de oxigênio para a criança - Reprodução
Hospital usou embalagem de bolo como máscara de oxigênio para a criança Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/07/2024 17h53Atualizada em 31/07/2024 14h38

O bebê que usou uma embalagem de bolo como uma máscara de oxigênio improvisada morreu nesta terça-feira (30) em Natal.

O que aconteceu

Gabriel Filipe, que estava internado desde o início de junho, morreu às 6h20. "Ele estava em melhora clínica, mas teve uma intercorrência na manhã de hoje que, infelizmente, resultou no óbito", afirmou a assessoria do Hospital Varela Santiago.

Menino morreu devido à insuficiência respiratória. A condição foi "decorrente de complicações de seus diagnósticos de base (má formação congênita)", informou o hospital.

Bebê havia deixado a UTI em 13 de junho e estava na enfermaria. Na ocasião, a médica Silvana Braga, coordenadora técnica do hospital, disse que Gabriel apresentava "melhora progressiva". "Ainda fazendo uso de suplementação de oxigênio em cateter nasal, mas já recebeu alta da nossa UTI pediátrica", completou.

Hospital Varela Santiago lamentou a morte e disse que oferece apoio à família. A instituição afirmou que toda a equipe se solidariza com os familiares e amigos do menino.

O UOL não conseguiu localizar a família do bebê. O espaço segue aberto para manifestação.

Relembre o caso

Máscara foi improvisada por equipe médica. O Hospital Municipal Aluízio Bezerra, onde a criança estava antes de ser transferida ao Varela Santiago, improvisou a embalagem de bolo para auxiliar na respiração da criança.

O bebê foi hospitalizado com problemas respiratórios graves. Ele deu entrada na unidade de saúde no dia 8 de junho, aos três meses de vida. Os pais reportaram que a criança estava com "desconforto respiratório" e apresentava sintomas de congestão nasal, febre, rinorreia (corrimento excessivo do muco nasal), vômitos e diarreia, segundo a Prefeitura de Santa Cruz.

Equipe médica responsável pelo atendimento da criança deu diagnóstico de bronquiolite. Como o hospital municipal não é referência em UTI pediátrica, o município solicitou a transferência do bebê para uma unidade de saúde equipada para atendê-lo. Entretanto, o bebê piorou durante a espera e foi necessário fazer a máscara de oxigênio improvisada para garantir a segurança da criança.

O UOL tentou contato com a Prefeitura de Santa Cruz sobre a falta de máscara de oxigênio no hospital municipal. Se houver resposta, o texto será atualizado.

Notícias