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Luta por democracia não pode ser seletiva, diz Pacheco sobre Venezuela

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco - Jefferson Rudy/Agência Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado
do UOL

Do UOL, em Brasília

30/07/2024 14h20

Dois dias após o resultado da eleição presidencial na Venezuela, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a luta pela democracia não pode ser "seletiva".

O que aconteceu

Pacheco, que também é presidente do Congresso Nacional, destacou a "lisura e transparência do processo eleitoral". O senador disse que, em uma democracia, os elementos são necessários para se prevaleça a vontade do povo.

Numa democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegure a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável. O governo da Venezuela se afasta disso ao não demonstrar esses valores com clareza. A luta pela democracia não nos permite ser seletivos e casuístas. Toda violação a ela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado

PT diz que eleição foi 'democrática e soberana'

A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores defendeu o processo eleitoral venezuelano. Em nota, a sigla afirmou que foi uma jornada "pacífica, democrática e soberana".

PT disse que Maduro deve "dialogar com a oposição" para superar os graves problemas do país. "Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolás Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela", diz a nota.

Eleição na Venezuela

O ditador Nicolás Maduro foi proclamado presidente da Venezuela na tarde desta segunda-feira (29). A vitória foi confirmada pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), mas as atas da eleição não foram divulgadas.

Maduro teve 51,2% dos votos, anunciou o órgão responsável pela realização dos processos eleitorais no país. Com 80% das urnas apuradas, o atual presidente foi declarado vencedor ao obter 5,150 milhões de votos contra 4,445 milhões (44,2%) de Edmundo González Urrutia. O anúncio ocorreu por volta da 1h da madrugada (horário de Brasília) e depois não foi mais atualizado.

Maduro definiu o resultado como "irreversível". "Assumo o mandato do povo para ser seu presidente e levar nosso país à paz e prosperidade, à união nacional através do diálogo e, como esse resultado, a ser irreversível a paz, a igualdade, a independência nacional. Isso que tem que ser irreversível, a paz e a união, entre todos e todas".

Uma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a falta de transparência nas eleições da Venezuela será realizada na quarta-feira (31). A solicitação foi feita após solicitação em nota conjunta de Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a abertura de uma investigação contra a oposição ao presidente Nicolás Maduro. Os oposicionistas, liderados por María Corina Machado, tentaram interferir nas eleições, segundo o chefe do MP.

Sem reconhecer a vitória de Nicolás Maduro, o governo brasileiro emitiu uma nota. O comunicado deixa claro que a publicação dos dados desagregados de cada uma das sessões é fundamental para a legitimidade do pleito.

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