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Coletes refrigerados e muita água : como atletas e público se adaptam aos mais de 30°C em Paris

30/07/2024 16h14

Com os termômetros acima dos 30°C na capital francesa nesta terça-feira (30), todos tiveram que se adaptar para se proteger durante as provas dos Jogos Olímpicos. Alguns atletas adotaram "coletes refrigerados" para enfrentar as altas temperaturas, enquanto na Vila Olímpica, construída sem ar-condicionado por razões ecológicas, teve que fazer algumas alterações.

No meio da tarde desta tarde, o serviço meteorológico francês (Météo-France) indicava que os termômetros bateram os 35 graus em Paris. Mesmo se nem todas as modalidades são afetadas pelas condições climáticas, já que os esportes praticados em espaços fechados se beneficiam de sistemas de climatização, os atletas que competem ao ar livre sofreram.

Na praça da Concórdia, que acolhe as provas de ciclismo BMX Freestyle, o calor era quase insuportável durante a tarde. Mas isso não impediu o brasileiro Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka, principal nome do Brasil na modalidade, garantisse uma vaga na final nesta terça-feira.

A preocupação é maior com aqueles que usam equipamentos de proteção, como capacetes, luvas ou roupas com reforços, como os goleiros do hockey, que têm mais risco de se desidratar durante as provas.

Para contornar o calor, cada atleta tem a sua técnica. Alguns se contentam em se refrescar molhando o corpo, enquanto outros optam por caixas de isopor com toalhas frescas nos arredores da competição.

Os mais preparados foram os que adotaram coletes "refrigerados", equipados com bolsos preenchidos com gelo, como as remadoras francesas Elodie Ravera-Scaramozzino e Emma Lunatti, que se qualificaram para a final nesta terça vestidas com os acessórios.

Alguns atletas também se prepararam antes do começo das provas. No Insep, centro de formação dos esportistas franceses, um "termo training room" foi instalado para antecipar situações de calor extremo. O espaço, composto por uma sala de dez metros quadrados, permite aos atletas treinar em condições climáticas difíceis para habituar o organismo a altas temperaturas ou clima muito úmido.

Vila Olímpica sem ar-condicionado

A Vila Olímpica, que acolhe mais de 10 mil atletas, foi projetada sem ar-condicionado. Mas temendo os picos de calor habituais nesta época do ano no hemisfério norte, as delegações encomendaram cerca de 2.500 aparelhos móveis de refrigeração (de um total de 7.000 quartos na Vila Olímpica), indicou o vice-diretor do local, Augustin Tran Van Chau.

Para o público, água e chapéus são distribuídos em alguns pontos da cidade. A autoridade de transportes Ile-de-France Mobilités (IDFM) já havia implementado na segunda-feira medidas adicionais para refrescar os viajantes, como a distribuição de 2,5 milhões de garrafinhas de água em 74 estações ferroviárias. Os bebedouros estão instalados em 94 pontos da rede, "incluindo 90% das estações que atendem aos locais olímpicos".

(Com agências)

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