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Agência dos EUA responsabiliza Amazon por venda de produtos perigosos de terceiros

30/07/2024 14h46

Por Deborah Mary Sophia

(Reuters) - A Amazon.com é responsável pela venda de itens perigosos de terceiros em sua plataforma, disse uma agência do governo dos EUA, ordenando que a gigante do comércio eletrônico proponha medidas para informar os consumidores e incentivá-los a devolver ou destruir os produtos.

A diretiva da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo (CPSC, na sigla em inglês) abrange mais de 400.000 produtos, incluindo detectores de monóxido de carbono defeituosos, secadores de cabelo sem proteção contra choques elétricos e roupas de dormir infantis que violam os padrões.

"A Amazon não notificou o público sobre esses produtos perigosos e não tomou as medidas adequadas para incentivar seus clientes a devolvê-los ou destruí-los, deixando os consumidores em risco substancial de ferimentos", disse a agência nesta terça-feira.

A comissão chamou a Amazon de "distribuidora" de produtos defeituosos listados em seu site, pois eles são armazenados e despachados pela empresa.

A Amazon disse que apelaria da ordem e apresentaria seu caso no tribunal.

Separadamente, a Food and Drug Administration -- agência federal norte-americana que atua na área de saúde -- disse que havia emitido uma carta de advertência à Amazon na semana passada, por conta da distribuição de potentes produtos farmacêuticos de peeling químico que violavam a Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos.

A agência disse que tais produtos representam um risco à saúde pública, pois podem causar lesões na pele, como queimaduras, feridas, inchaço e cicatrizes.

A agência emitiu ainda um aviso semelhante ao Walmart. O varejista não respondeu a um pedido de comentário, enquanto a Amazon não se pronunciou sobre o assunto.

A CPSC processou a Amazon em julho de 2021, forçando a empresa a recolher centenas de milhares de produtos perigosos vendidos em sua plataforma.

Em resposta, a Amazon removeu a "grande maioria" desses produtos de sua loja e reembolsou os clientes, mas disse que só fornece serviços de logística para comerciantes independentes e não é uma distribuidora.

No fim do ano passado, a agência alertou os consumidores para que parassem de usar ímãs de brinquedo do vendedor chinês Doraemon, que estavam sendo vendidos na Amazon.com, após sete mortes por ingestão.

(Reportagem de Deborah Sophia e Harshita Mary Varghese em Bengaluru)

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