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Médica suspeita de sequestrar bebê entrou em hospital com nome falso

Neurologista Claudia Soares Alves - Reprodução / Redes Sociais
Neurologista Claudia Soares Alves Imagem: Reprodução / Redes Sociais
do UOL

Do UOL, em São Paulo

27/07/2024 18h17

A médica neurologista Cláudia Soares Alves, 42, investigada por sequestrar uma bebê recém-nascida em um hospital de Uberlândia (MG), conseguiu entrar na unidade após apresentar um nome falso e dizer que ia cobrir a falta de uma funcionária.

O que aconteceu

Vigilante do hospital prestou depoimento à Polícia Civil de Goiás. Ela contou que Cláudia entrou na insituição dizendo que cobriria o serviço de uma das funcionárias que havia faltado no plantão de pediatria.

Neurologista passou o nome falso de "Amanda". Vigilante teria desconfiado da atitude e entrado em contato com colegas para averiguar a situação.

Equipe de segurança encontrou Cláudia, que afirmou ter sido avisada que o quadro de funcionários do plantão já estava completo. Seguranças não a revistaram. Como a médica estava com uniforme e crachá, apenas a acompanharam até a saída.

Relembre o caso

Recém-nascida foi sequestrada na noite de terça-feira (23). Bebê havia nascido por volta das 21h na maternidade do HC-UFU (Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia).

Médica estava paramentada. Câmeras registraram o momento em que a falsa pediatra chegou de carro em frente ao HC-UFU, às 23h18. Ela desce do veículo usando jaleco, touca, máscara, luvas de borracha, mochila amarela nas costas e tinha um crachá da Universidade.

Bebê foi colocada em mochila. Polícia inferiu que a recém-nascida foi sequestrada e colocada na bolsa que a médica carregava, na saída do hospital. Há relatos de que Cláudia teria conversado com seguranças e com o pai da menina, enquanto a bebê estava dentro de sua mochila.

Cláudia foi presa preventivamente pelo crime. A neurologista está detida na Unidade Prisional Regional Feminina de Orizona, no sudeste de Goiás, desde a quarta-feira (24), quando foi presa por sequestro qualificado. Ela mora em Itumbiara, no sul goiano, a mais de 130 km do hospital onde ocorreu o crime.

Policiais encontraram empregada doméstica cuidando de recém-nascida. Quando os agentes chegaram à casa da médica, Cláudia havia saído para fazer compras. Polícia Civil encontrou a bebê com mulher que trabalha com a médica há quatro anos. A trabalhadora disse que se assustou ao ver a recém-nascida na casa e não acreditou que a menina fosse filha da patroa, mas seguiu suas tarefas normalmente.

Policiais encontraram enxoval para bebê no carro da médica. Quando Cláudia chegou em casa, havia peças novas, fraldas, banheira e até piscina infantil. Para a Polícia Civil, ela justificou que o enxoval era um presente para sua empregada doméstica, que está grávida.

Recém-nascida foi devolvida à família. Um vídeo mostra o momento em que a mãe e o pai reencontram a filha. Emocionada, Natalia Rodrigues segura a filha e agradece aos profissionais que resgataram a bebê.

Defesa diz que ela tem transtorno bipolar. Advogado argumenta que Cláudia estava em crise psicótica no momento dos fatos e não tinha capacidade de discernir sobre o que estava fazendo.

Hospital informou que a segurança na unidade foi reforçada depois do episódio. Instituição também informou que iniciou uma apuração interna sobre as circunstâncias e colabora com a investigação da polícia.

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