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Maduro pede desculpas por barrar ex-mandatários que observariam eleições

Nicolás Maduro durante campanha em 18 de julho de 2024 - JUAN BARRETO/AFP
Nicolás Maduro durante campanha em 18 de julho de 2024 Imagem: JUAN BARRETO/AFP

27/07/2024 23h12

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu desculpas neste sábado (27) pelo veto ao grupo de ex-presidentes, congressistas e ex-parlamentares impedidos de entrar no país para observar as eleições presidenciais de domingo após serem convidados pela oposição.

"Peço desculpas porque na Espanha, no México e no Panamá ficaram irritados com a Venezuela porque devolvemos essa gente. Peço desculpas por ter mandado de volta [Vicente] Fox para o México, Mireya Moscoso para o Panamá. As pessoas estavam muito bravas no Panamá e na Espanha", disse Maduro em um encontro com observadores internacionais convidados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Autoridades venezuelanas impediram na sexta-feira a entrada de vários ex-governantes, deputados e ex-parlamentares que planejavam observar as eleições nas quais Maduro tem como principal rival o diplomata Edmundo González Urrutia, de 74 anos, que representa na cédula eleitoral a líder María Corina Machado, inabilitada.

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, denunciou que a Venezuela havia impedido a decolagem de um voo da Copa Airlines que levaria do Panamá para a Venezuela vários dos ex-governantes.

Estavam na aeronave os ex-presidentes Moscoso, Fox, Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica) e Jorge Quiroga (Bolívia), membros da direitista Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo Idea) e fortes críticos de Maduro.

Cerca de dez congressistas e eurodeputados do Partido Popular (PP) espanhol denunciaram que foram deportados. O mesmo ocorreu com uma parlamentar da Colômbia e outra do Equador.

O poderoso líder chavista Diosdado Cabello havia alertado na quarta-feira que seria negada a entrada desses observadores porque não foram convidados pela autoridade eleitoral.

Segundo Maduro, o CNE convidou 910 observadores de 100 países.

"Aqui há lei e a lei se respeita", disse o presidente, que insistiu que os resultados serão "reconhecidos e respeitados por toda a República".

O ex-presidente argentino Alberto Fernández havia sido convidado pelo CNE, mas esta semana o organismo pediu que ele não viajasse à Venezuela por considerar que não é imparcial, após declarações em que disse que se Maduro for derrotado nas eleições "o que ele tem que fazer é aceitar".

O CNE também anulou um convite para o envio de uma missão de observadores da União Europeia.

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