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Blinken chega ao Japão para fortalecer alianças diante da China

27/07/2024 20h34

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegou ao Japão neste domingo (28, noite de sábado em Brasília) como parte de um giro pela região do Pacífico Asiático, com o objetivo de fortalecer alianças diante da crescente beligerância da China.

Blinken e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, devem se reunir neste domingo com os ministros japoneses de Relações Exteriores, Yoko Kamikawa, e de Defesa, Minoru Kihara.

Blinken e Kamikawa se reunirão na segunda-feira com os ministros de Relações Exteriores da Índia, S. Jaishankar, e da Austrália, Penny Wong, integrantes do grupo Quad, uma aliança considerada como uma barreira frente à China.

O Japão, preocupado com a China e a Coreia do Norte, abandonou sua posição estritamente pacifista para aumentar os gastos militares e obter algumas capacidades de contra-ataque.

A viagem de Blinken e Austin incluirá também as Filipinas, onde se reunirão com seus respectivos colegas. Os Estados Unidos e as Filipinas assinaram recentemente um pacto que permite o envio de tropas de um país ao território do outro.

Austin anunciará neste domingo que os Estados Unidos modernizarão o quartel de suas forças e do Japão, para convertê-lo em uma base de "forças conjuntas" sob o comando de um comandante de três estrelas, informou o jornal Washington Post.

Espera-se que as conversas de domingo incluam a ampliação dos compromissos dos Estados Unidos de utilizar sua força militar, incluindo armas nucleares, para proteger o Japão.

O Japão está preocupado com a modernização militar chinesa, os avanços nucleares norte-coreanos e a ameaça nuclear na guerra da Ucrânia, indicou a cientista política Naoko Aoki, do centro de estudos RAND.

"É importante que os Estados Unidos reafirmem seu compromisso com o Japão e transmitam aos possíveis adversários que a aliança continua firme e que os Estados Unidos estão comprometidos com o uso de armas nucleares caso seja necessário para defender o Japão", disse à AFP.

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© Agence France-Presse

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