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Zelenskiy pede armas de longo alcance após ataque de drones a Kiev

22/07/2024 10h26

KIEV (Reuters) - A Ucrânia precisa de armas de longo alcance para proteger suas cidades e tropas na linha de frente das bombas e drones russos, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy no domingo, após um grande ataque de drones e mísseis durante a noite.

A Rússia lançou seu quinto ataque de drones contra Kiev em duas semanas durante a noite, com os sistemas de defesa aérea da Ucrânia destruindo todas as armas aéreas antes de chegarem à capital, disseram os militares ucranianos.

A Força Aérea da Ucrânia afirmou no Telegram que seus sistemas de defesa aérea destruíram 35 dos 39 drones e dois mísseis de cruzeiro que a Rússia havia lançado durante a noite. As armas, segundo a Força Aérea, tinham como alvo 10 regiões da Ucrânia.

Não ficou imediatamente claro quantos drones foram lançados contra Kiev. Não houve vítimas e nenhum dano significativo foi registrado, disse Serhiy Popko, chefe da administração militar da capital ucraniana, no Telegram.

"Somente durante a noite passada, o Exército russo usou quase 40 'Shaheds' contra a Ucrânia. É importante ressaltar que a maioria deles foi abatida por nossos defensores do céu", disse Zelenskiy no Telegram, referindo-se aos drones.

Ele afirmou que é necessário destruir os bombardeiros russos nas bases aéreas russas para proteger a Ucrânia de ataques aéreos.

"Nossas capacidades suficientes de longo alcance devem ser uma resposta justa ao terror russo. Todos que nos apoiam nisso apoiam a defesa contra o terror", disse Zelenskiy.

Zelenskiy renovou seu apelo para que os aliados ocidentais permitam ataques de longo alcance contra a Rússia na sexta-feira em Londres, dizendo que o Reino Unido deveria tentar convencer seus parceiros a remover os limites de seu uso.

Os membros da Otan adotaram abordagens diferentes sobre como a Ucrânia pode usar as armas doadas por eles. Alguns deixaram claro que Kiev pode usá-las para atingir alvos dentro da Rússia, enquanto os Estados Unidos adotaram uma abordagem mais restrita, permitindo que suas armas sejam usadas dentro da fronteira da Rússia apenas contra alvos que apoiam as operações militares russas na Ucrânia.

(Reportagem de Lidia Kelly, em Melbourne, e Pavel Polityuk, em Kiev)

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