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NY estimula alta do Ibovespa a 127 mil pontos, mas receio com China e fiscal limitam

São Paulo

22/07/2024 10h58

A valorização dos índices de ações do Ocidente chama o Ibovespa a uma alta moderada, após a desistência de Joe Biden à disputa eleitoral à presidência nos Estados Unidos. Apesar do anúncio do recuo dos juros na China, as commodities caem diante do temor de menor demanda por matérias-primas do gigante asiático.

A agenda de indicadores desta segunda-feira, 22, também tem pouco a oferecer, o que dificulta a alta do Ibovespa. Nos próximos dias, contudo, a lista de divulgações ganhará força, com destaque a dados de inflação e balanços no Brasil e nos EUA.

Além do declínio de quase 1,00% do petróleo e do minério de ferro fechou em baixa de 0,31%, em Dalian, na China, o aguardo de notícias no âmbito fiscal deixa o investidor um pouco cauteloso. O mercado fica em compasso de espera de mais informações do contingenciamento de R$ 15 bilhões em despesas para tentar atingir as metas do arcabouço neste ano, anunciado na semana passada pelo governo.

Às 15h30, o Ministério do Planejamento divulgará o material da apresentação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do terceiro bimestre de 2024. Em seguida, haverá uma entrevista para comentar os dados.

Na avaliação de Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, o detalhamento das medidas de contingenciamento não reverte o temor com a dinâmica das contas públicas, ainda que reforce a preocupação da equipe econômica com o cumprimento das regras e metas do arcabouço fiscal.

Apesar do anúncio na semana passada, o Ibovespa teve queda semanal de 0,99%, fechando em baixa de 0,03%, aos 127.616,46 pontos. "Precisa recuperar os 130 mil pontos para ganhar maior consistência", diz em nota Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil. Segundo ele, o recesso no Congresso reduz bastante os ruídos políticos.

Nos Estados Unidos, os índices de ações sobem após a desistência de Biden na corrida à Casa Branca e dados de atividade. O índice de atividade nacional do país arrefeceu a 0,05 em junho, de 0,23 em maio. Neste sentido, tende a reforçar as apostas de queda dos juros americanos em setembro, o que acaba por beneficiar ativos de risco.

Nesta segunda, o banco central chinês (PBoC) inesperadamente reduziu suas principais taxas de juros em 10 pontos-base, uma semana depois da divulgação do fraco Produto Interno Bruto (PIB) da China.

Conforme a MCM Consultores, a redução das taxas de juros pode ajudar a aumentar a confiança do mercado, especialmente após o plenário do Partido Comunista Chinês. Mas a consultoria afirma em relatório que não espera uma flexibilização monetária agressiva tendo em vista a recente sinalização do governo de que continuará a adotar medidas mais ou menos intensas.

Às 10h46 desta segunda, o Ibovespa subia 0,14%, aos 127.790,05 pontos, ante alta de 0,22%, com máxima aos 127.895,69 pontos e mínima aos 127.611,01 pontos, com variação zero, e abertura aos 127.616,15 pontos. Petrobrás caía entre 1,16% (PN) e 0,43% (ON). Vale ON recuava 0,38%, enquanto CSN (0,87%) e Gerdau PN (0,32%) subiam.

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