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Mediana de IPCA 2024 passa de 4% para 4,05% e a de 2025 fica em 3,90%, diz Focus

Brasília

22/07/2024 08h59

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2024 subiu de 4% para 4,05%, cerca de um ponto porcentual acima do centro da meta, de 3%. A mediana para 2025, horizonte relevante da política monetária, continuou em 3,90%, interrompendo uma sequência de 11 altas seguidas. Um mês antes, ela era de 3,85%.

Considerando as 105 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2024 passou de 4,04% para 4,07%. A estimativa intermediária para a inflação de 2025 subiu de 3,88% para 3,96%, tomando como base as 105 projeções atualizadas no período.

A partir do ano que vem, a meta de inflação passa a ser contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima do teto ou abaixo do piso por seis meses consecutivos, vai se considerar que o alvo foi perdido.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que o centro da meta continuará em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. O alvo e a banda poderão ser alterados pelo colegiado, com base em uma proposta do ministro da Fazenda e antecedência mínima de 36 meses para sua aplicação.

Nos horizontes mais longos, a mediana do Focus para o IPCA de 2026 continuou em 3,60% pela sétima semana consecutiva. A estimativa intermediária para 2027 ficou em 3,50% pela 55ª semana seguida.

As projeções mais recentes do Banco Central indicam IPCA de 4% este ano, 3,4% em 2025 e 3,2% em 2026, considerando o cenário de referência - com dólar em R$ 5,30, evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC), e a trajetória de juros extraída do próprio Focus.

Em um cenário alternativo, no qual a taxa Selic permanece em 10,5% até o fim de 2025, o BC calculou que a inflação seria de 4% este ano e 3,1% no próximo, apenas 0,1 ponto porcentual acima do centro da meta.

Projeção suavizada

A mediana do relatório Focus para a inflação suavizada dos próximos 12 meses subiu de 3,68% para 3,74%. Um mês atrás, ela era de 3,58%. Essa medida deve ganhar importância nas análises do mercado após a regulamentação da meta de inflação contínua, que valerá a partir de 2025.

O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, será considerado que o Banco Central descumpriu o alvo.

A meta segue tendo como centro 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Ela pode ser alterada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), por iniciativa do ministro da Fazenda, mas é necessário aguardar um prazo de 36 meses para que uma mudança tenha efeito.

Curto prazo

A mediana do relatório Focus para o IPCA de julho, próxima leitura de inflação a ser divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passou de 0,23% para 0,28%. Um mês atrás, era de 0,15%. A estimativa intermediária para o IPCA de agosto avançou de 0,11% para 0,15%, contra 0,10% quatro semanas antes. A mediana para o IPCA de setembro foi de 0,19% para 0,20%. Um mês antes, a taxa era de 0,19%.

O Banco Central estimava IPCA de 0,12% em julho, 0,07% em agosto e 0,21% em setembro, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

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