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Kremlin denuncia rejeição de credenciamento a jornalistas russos para Paris-2024

22/07/2024 10h56

O Kremlin qualificou nesta segunda-feira (22) como "inaceitável" o anúncio da agência de notícias russa Ria Novosti de que cinco de seus jornalistas tiveram seu credenciamento para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024 negado em meio às tensões entre França e Rússia. 

"Consideramos essa decisão como inaceitável e uma violação à liberdade de imprensa", afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, durante sua coletiva de imprensa diária. 

A agência estatal Ria Novosti informou, nesta segunda-feira, que cinco de seus jornalistas teriam tido negadas suas solicitações de credenciamento ao comitê organizador dos Jogos. 

O comitê explicou, segundo uma mensagem citada pela Ria Novosti, que suas solicitações foram rejeitadas após uma análise, em virtude do "código de segurança interna" francês do "órgão administrativo competente", que emitiu uma "opinião desfavorável".

Segundo o comitê, citado pela Ria Novosti, esse órgão é composto por empregados dos ministérios do Interior e das Relações Exteriores da França. 

O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, disse em uma entrevista ao Journal du Dimanche, no sábado, que "menos de cem pessoas" suspeitas de interferência tiveram seu acesso recusado aos Jogos.

As pessoas cujo acesso aos Jogos foi negado estavam "sob diferentes disfarces". "Jornalistas, equipe técnica, fisioterapeutas...", disse o ministro, acrescentando que eles vieram da Rússia, Belarus, "mas também de outros países".

"Além da inteligência e espionagem tradicionais, existe a possibilidade de acessar gateways em redes de computadores para realizar um ataque cibernético", explicou Darmanin.

"Recusamos um grande número de 'jornalistas' que queriam cobrir os Jogos, mas aceitamos a presença de russos que trabalhavam para o Comitê Olímpico Internacional (COI). Aplicamos o princípio da precaução", acrescentou.

Atualmente, as relações entre Paris e Moscou estão muito tensas devido ao conflito na Ucrânia.

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© Agence France-Presse

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