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Casal matou mãe e filho para não pagar dívida de R$ 10 mil, diz polícia

Mãe e filho foram mortos a marretadas por dívida de R$ 10 mil  - Reprodução
Mãe e filho foram mortos a marretadas por dívida de R$ 10 mil Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

22/07/2024 16h01

Um casal é suspeito de matar uma mulher, de 36 anos, e o filho dela, de quatro, para não pagar uma dívida de R$ 10 mil. Vítimas foram mortas a marretadas, no dia 15 de julho, na Serra, Grande Vitória (ES).

O que aconteceu

Vítima seria agiota e teria emprestado quantia ao suspeito do crime. Para não quitar a dívida de R$ 10 mil, o pintor Ricardo Elias Santana, 45, planejou o crime com a ajuda da cuidadora de idosos Iavelina Noemia de Oliveira, 35. Eles tinham um relacionamento extraconjugal. O casal foi preso na sexta-feira (19).

As vítimas Priscila dos Santos Deambrosio e Higor Gabriel Deambrosio foram mortas com golpes de marreta. Segundo a Polícia Civil, o suspeito confessou o crime na delegacia. Em depoimento, ele falou que deu oito marretadas na criança e doze na mãe.

Vítimas foram atingidas principalmente na cabeça. Os corpos foram encontrados na varanda da casa pelo marido da mulher e pai da criança.

Suspeitos explicaram que criança foi morta porque viu o crime. "A criança foi para a parte externa da casa e, vendo a mãe já sendo agredida, correu em direção ao suspeito suplicando para que ele parasse. Então, foi dada uma martelada na cabeça da criança, justamente porque ela reconheceria eles nas investigações", explicou a delegada Fernanda Diniz, adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (22).

A marreta usada no crime foi apresentada em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (22) - Divulgação/PCES - Divulgação/PCES
A marreta usada no crime foi apresentada em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (22)
Imagem: Divulgação/PCES

Ricardo e Avelina eram amigos da família de Priscila, segundo a investigação. No dia do crime, eles tinham combinado com a vítima de ir até a casa dela para se desculpar. "Eles não arrombam a casa, entram no local com a desculpa de pagar a vítima e aí surpreendem ela dessa forma", explicou a delegada.

Arma do crime foi apreendida pela polícia. Marreta foi encontrada na casa do suspeito.

Na cena do crime, Ricardo deixou um bilhete embaixo do copo da mulher. Segundo a polícia, a carta foi criada com o intuito de atrapalhar as investigações. "Ele levou já o bilhete escrito de próprio punho e já foi com o machado na cintura. No bilhete, estava escrito nomes que levavam a outra linha de investigação, que seriam parceiros de agiotagem da vítima", afirmou Fernanda Diniz.

O crime foi premeditado, diz polícia. Após matar mãe e filho, os criminosos também levaram celulares, joias e dinheiro que estavam na casa.

Suspeitos são investigados por outro crime

Ricardo e Iavelina são investigados por outro crime semelhante. Seis dias antes do crime envolvendo mãe e filho, o casal tentou matar um idoso de 66 anos.

A vítima também trabalhava como agiota. Segundo a polícia, Ricardo pegou R$ 4 mil com o agiota e para não quitar a dívida tentou matá-lo. Ele teve apoio de Iavelina Noemia. "A vítima desse crime está em estado grave no hospital. Graças a Deus, não faleceu. Ela era agiota também. Ele [Ricardo] amarrou as mãos da vítima com um fio, desferiu quatro socos no rosto da vítima, além de também desferir seis golpes de marreta. Por fim, ainda cortou o pescoço da vítima", detalhou o delegado Sandi Mori.

O casal também é suspeito de ter cometido dois assassinatos. A Polícia Civil do Espírito Santo não detalhou as circunstâncias do crime.

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