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Atletas brasileiros da canoagem slalom treinam no local das competições olímpicas ao leste de Paris

21/07/2024 15h53

Enquanto muitos atletas ainda estão chegando para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, os representantes brasileiros da canoagem slalom tiveram a oportunidade de treinar, neste domingo (21), no estádio náutico de Vaires-sur-Marne, cidade localizada a 22 quilômetros da capital francesa e que receberá as competições da modalidade. 

Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris.

Entregue em junho de 2019, o estádio náutico de Vaires-sur-Marne sediará as provas de remo, canoagem e caiaque durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e foi o primeiro equipamento olímpico recém-construído a ser finalizado. Durante as competições, o local deve receber 30.000 espectadores por dia.  

O centro esportivo de 4.400 m² inclui o novo estádio de corredeiras e os seus dois percursos de 300 metros e 150 metros de extensão; o percurso de remo e canoagem-caiaque, com 2.200 metros, equipado com torre de chegada; um anexo médico-desportivo; uma sala de musculação; espaços administrativos e um centro de mídia. Soma-se a isso, um centro de treinamento e acomodação.

O local não é uma novidade para a delegação brasileira, como explica a canoísta Ana Sátila. Ela vem treinando em Vaires-sur-Marne desde novembro e diz que tem se sentido muito bem nessa pista, que segundo ela tem mudado ao longo do tempo. "Eu consegui me adaptar muito bem. Estou contente com todo o trabalho que eu fiz para chegar aqui. Foram momentos muito difíceis, como treinar no inverno", destacou ela. "Eu sempre remei com muito foco, confiança e disciplina, confiando no trabalho. Essa temporada tem mostrado que tudo valeu a pena", completa. 

A atleta, que vai disputar três provas na França, considera a preparação para Paris 2024 "a melhor caminhada" da vida. "Desde o apoio da minha equipe multidisciplinar, o COB, a Confederação, todo mundo está dedicado 24 horas por dia para nos ajudar", agradece. 

"Velhinha"

Aos 28 anos, Ana Sátila chega a sua quarta olimpíada. "Eu me sinto já velhinha, para falar a verdade, mas na melhor forma possível", avalia. "É muita experiência, muito tempo de água", destaca. "Eu estou sempre buscando melhorar a cada dia. Isso tem me ajudado a crescer, não só profissionalmente, mas como pessoa", completa. "Eu consegui descobrir muitas coisas sobre mim mesma nesse ciclo olímpico. Com certeza estou na minha melhor forma e nunca me senti assim", finaliza. 

"Preparação fantástica"

O companheiro de equipe dela, Pepê Gonçalves, também comentou a experiência de treinar no local das competições olímpicas. "A gente fez uma preparação fantástica. O COB e a Confederação proporcionaram para a gente várias vindas para cá, de duas semanas, de três semanas e até de um mês", diz o atleta. "Então, a gente está mais preparado do que nunca", avalia. "O percurso não é tão difícil e nos acostumamos com ele muito rápido", afirma. "A gente já remou aqui no frio, com chuva, com vento e agora está um calor, a água está quente, essa atmosfera linda, tem tudo para dar certo", acredita.  

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