Atletas brasileiros da canoagem slalom treinam no local das competições olímpicas ao leste de Paris
Enquanto muitos atletas ainda estão chegando para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, os representantes brasileiros da canoagem slalom tiveram a oportunidade de treinar, neste domingo (21), no estádio náutico de Vaires-sur-Marne, cidade localizada a 22 quilômetros da capital francesa e que receberá as competições da modalidade.
Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris.
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Entregue em junho de 2019, o estádio náutico de Vaires-sur-Marne sediará as provas de remo, canoagem e caiaque durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e foi o primeiro equipamento olímpico recém-construído a ser finalizado. Durante as competições, o local deve receber 30.000 espectadores por dia.
O centro esportivo de 4.400 m² inclui o novo estádio de corredeiras e os seus dois percursos de 300 metros e 150 metros de extensão; o percurso de remo e canoagem-caiaque, com 2.200 metros, equipado com torre de chegada; um anexo médico-desportivo; uma sala de musculação; espaços administrativos e um centro de mídia. Soma-se a isso, um centro de treinamento e acomodação.
O local não é uma novidade para a delegação brasileira, como explica a canoísta Ana Sátila. Ela vem treinando em Vaires-sur-Marne desde novembro e diz que tem se sentido muito bem nessa pista, que segundo ela tem mudado ao longo do tempo. "Eu consegui me adaptar muito bem. Estou contente com todo o trabalho que eu fiz para chegar aqui. Foram momentos muito difíceis, como treinar no inverno", destacou ela. "Eu sempre remei com muito foco, confiança e disciplina, confiando no trabalho. Essa temporada tem mostrado que tudo valeu a pena", completa.
A atleta, que vai disputar três provas na França, considera a preparação para Paris 2024 "a melhor caminhada" da vida. "Desde o apoio da minha equipe multidisciplinar, o COB, a Confederação, todo mundo está dedicado 24 horas por dia para nos ajudar", agradece.
"Velhinha"
Aos 28 anos, Ana Sátila chega a sua quarta olimpíada. "Eu me sinto já velhinha, para falar a verdade, mas na melhor forma possível", avalia. "É muita experiência, muito tempo de água", destaca. "Eu estou sempre buscando melhorar a cada dia. Isso tem me ajudado a crescer, não só profissionalmente, mas como pessoa", completa. "Eu consegui descobrir muitas coisas sobre mim mesma nesse ciclo olímpico. Com certeza estou na minha melhor forma e nunca me senti assim", finaliza.
"Preparação fantástica"
O companheiro de equipe dela, Pepê Gonçalves, também comentou a experiência de treinar no local das competições olímpicas. "A gente fez uma preparação fantástica. O COB e a Confederação proporcionaram para a gente várias vindas para cá, de duas semanas, de três semanas e até de um mês", diz o atleta. "Então, a gente está mais preparado do que nunca", avalia. "O percurso não é tão difícil e nos acostumamos com ele muito rápido", afirma. "A gente já remou aqui no frio, com chuva, com vento e agora está um calor, a água está quente, essa atmosfera linda, tem tudo para dar certo", acredita.