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As reações internacionais à desistência de Biden de disputar a reeleição

21/07/2024 18h11

De Moscou a Caracas, as reações internacionais ao anúncio do presidente americano, o democrata Joe Biden, de desistir de disputar um segundo mandato no comando da Casa Branca seguem chegando desde domingo.

- Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (22), que espera que a eleição nos Estados Unidos ocorra da forma "mais civilizada possível". 

"Seja um candidato democrata, seja o Trump, a nossa relação vai ser uma relação civilizada de dois países importantes (...) Espero que a disputa se dê da forma mais civilizada possível, espero que não tenha baixo nível, espero que não tenha nada que possa colocar o símbolo da democracia em risco", afirmou Lula durante coletiva de imprensa com agências internacionais em Brasília.

- Rússia

O Kremlin reagiu anunciando que acompanha "com atenção" a evolução dos acontecimentos.

"As eleições (nos Estados Unidos) são dentro de quatro meses. É muito tempo, durante o qual muitas coisas podem mudar. Devemos estar atentos, acompanhar o que vai acontecer", declarou o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov ao veículo de imprensa Life.ru.

- Israel

Em Jerusalém, o presidente israelense, Isaac Herzog, agradeceu ao presidente americano "por seu apoio inabalável ao povo israelense".

"Quero expressar meus mais sinceros agradecimentos a Joe Biden por sua amizade e seu apoio inabalável ao povo israelense ao longo de décadas de sua longa carreira", manifestou-se Herzog em uma postagem na rede X.

- Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu ao presidente Biden por tomar "medidas audaciosas" em apoio ao seu país, e elogiou sua "decisão difícil, mas forte" de desistir da reeleição.

"A situação atual na Ucrânia e em toda a Europa não é menos difícil, e sinceramente esperamos que a liderança contínua dos  Estados Unidos impeça que o mal russo triunfe ou que sua agressão dê frutos", publicou Zelensky no X.

- Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, destacou em um ato de campanha que Biden "priorizou sua família", a sua saúde e seu deu conta de que com essa idade com a saúde debilitada não poderia assumir as rédeas de seu país e muito menos de uma candidatura presidencial. Foi uma atitude responsável". 

"Eu conheço o presidente Biden. Tenho que dizer que esses três anos de governo mantivemos diálogo permanente", disse Maduro. "Apenas lhe digo, presidente Biden, que esteja tranquilo com sua consciência porque tomou a decisão sábia e correta". 

- México

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta segunda-feira que Biden "fez um bom governo" e que o México seguirá "buscando manter uma boa relação com o governo dos Estados Unidos", independente do resultado das eleições de novembro.

No domingo, Biden desistiu de tentar a reeleição e declarou apoio à candidatura de sua vice, Kamala Harris, para enfrentar Donald Trump.

"Como mulheres, ficamos felizes de que as mulheres participem, mas o povo dos Estados Unidos é quem deve decidir (...) e nós nos darmos bem", declarou à imprensa Claudia Sheinbaum, a primeira mulher eleita presidente do México, que assumirá o cargo em 1º de outubro para um mandato de seis anos.

- Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que Biden tornou a Otan "mais forte". 

"Sua presidência deixará um legado que se estende muito além dos Estados Unidos", declarou Starmer, citando a "inabalável decisão" de Biden de "manter-se junto ao povo ucraniano".

- França

O presidente francês, Emmanuel Macron, saudou a "coragem" e o "senso de dever" de Biden, um "impulsionador do progresso nos Estados Unidos e um firme defensor da democracia e da estabilidade globais", que ao se retirar da corrida presidencial "escolheu o interesse de seu país".

- Alemanha

O chefe de Governo alemão, Olaf Scholz, disse que a decisão do presidente americano merece "respeito" e que Biden "conseguiu muito: para o seu país, para a Europa, para o mundo".

- Japão

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, classificou a retirada de Biden como "a melhor decisão política que ele poderia ter tomado" e descreveu a relação entre o Japão e os Estados Unidos como "a pedra angular da diplomacia e segurança japonesas".

- China

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, recusou-se a comentar, dizendo em sua coletiva de imprensa diária que "a eleição presidencial dos Estados Unidos é um assunto interno dos Estados Unidos".

- Austrália

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, saudou a "liderança" de Joe Biden e seu engajamento "a favor dos valores democráticos, da segurança internacional, da prosperidade econômica e da ação climática para as gerações atuais e futuras".

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© Agence France-Presse

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