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É carro ou smartphone? O que acontece e quanto custa se multimídia quebrar

Volvo EX30 tem maior parte de suas funções ligadas à central multimídia - Rafaela Borges/UOL
Volvo EX30 tem maior parte de suas funções ligadas à central multimídia Imagem: Rafaela Borges/UOL
do UOL

Wandick Donett

Colaboração para o UOL

20/07/2024 04h00

Em um mundo cada vez mais conectado, os carros recheados de tecnologia têm seguido a tendência de centralizar suas funções em telas multimídia. Essa integração digital promete uma experiência de condução mais limpa e tecnológica, mas traz consigo uma série de implicações, principalmente no que tange à segurança e manutenção.

O novo Volvo EX30, por exemplo, é um dos veículos que adotam essa abordagem, oferecendo uma tela central que comanda praticamente todas as funções do carro. A garantia é de 36 meses ou 100.000 km, o que ocorrer primeiro. No entanto, o que acontece se essa peça central falhar depois desse período?

UOL Carros consultou em algumas concessionárias o valor de uma central multimídia original. A Volvo, citada acima, cobra entre R$ 10 mil (para um XC40) e R$ 18 mil (EX30) para trocar o equipamento, além de oferecer a opção de garantia estendida.

Na Volkswagen, a tela do SUV Nivus tem o custo de R$ 5.800, valor mais baixo que encontramos em nossa pesquisa. Já a central multimídia de um Toyota Corolla Altis Hybrid pode ser trocada por R$ 7,2 mil, mesmo valor que o equipamento semelhante para um Chevrolet Tracker.

Mudanças no exterior

As montadoras estão respondendo de maneiras diversas à questão da segurança e praticidade das telas multimídia em carros. A Tesla, conhecida por seus interiores minimalistas, foi uma das primeiras a adotar telas grandes em detrimento de botões físicos, uma tendência que muitos seguiram.

Na Europa, porém, a tendência tem enfrentado resistências. A partir de 2026, o Euro NCAP exigirá que os carros tenham controles físicos para receber uma classificação completa de segurança de cinco estrelas. A Volkswagen também anunciou que trará de volta os botões tradicionais em seus veículos, reconhecendo a necessidade de uma interação mais segura e intuitiva com o carro.

Enquanto isso, a Hyundai promete manter os botões físicos em seus carros "até quando der", alegando compromisso com a segurança do usuário.

A discussão em outros países não é apenas uma questão de preferência, mas uma resposta a estudos que indicam que os botões físicos reduzem o risco de acidentes ao permitir que os motoristas mantenham os olhos na estrada enquanto ajustam configurações do veículo.

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