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OPINIÃO

Tales: Tabata mira em Nunes e Marçal com munição que eles mesmos forneceram

do UOL

Colaboração para o UOL

19/07/2024 12h48Atualizada em 19/07/2024 13h10

A pré-candidata Tabata Amaral (PSB) escolheu Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) como os maiores adversários na campanha à à Prefeitura de São Paulo e ataca os dois com munição fornecida por eles mesmos, disse o colunista Tales Faria no UOL News desta sexta (19).

Na sabatina, Tabata respondeu aos ataques feitos por Marçal à sua família e à sua vida pessoal e comentou a acusação de agressão de Nunes à esposa.

Esses dois momentos foram os momentos em que a Tabata foi mais assertiva. E assertiva com razão. Os dois deram munição para que ela sapateasse em cima deles. O Marçal, a crítica que ele fez à Tabata, falando do pai dela, culpando-a pelo vício do pai, pelos problemas do pai, é um absurdo. Então, ela veio e sapateou em cima. Com razão.

O Nunes, a mesma coisa. A mentira dele sobre o BO e sobre a agressão que teria cometido contra a mulher dele é absurda. Então, ela veio e sapateou em cima. Tales Faria, colunista do UOL

Para Tales, a sabatina é um momento em que os candidatos e pré-candidatos revelam contra quem vão empenhar um embate mais duro durante a campanha eleitoral.

Essas sabatinas todas é que mostram como eles escolhem seus inimigos, os campos em que eles estão.

A Tabata escolheu esses dois como os grandes adversários dela nessa campanha: o Nunes e o Marçal. E nesses, ela bateu à vontade. E recebeu deles munição pra isso. Tales Faria, colunista do UOL

Josias: Tabata produz dupla desmoralização, a de Datena e a de si mesma

Tabata desmoralizou não só José Luiz Datena (PSDB), mas também a si mesma, ao comentar a saída dele de sua campanha para lançar candidatura própria, disse o colunista Josias de Souza ao comentar a sabatina.

Um acordo entre PSB e PSDB previa que Datena seria vice de Tabata, mas o apresentador desistiu e é hoje o pré-candidato tucano a prefeito. Na sabatina, ao ser questionada se considerou a mudança uma traição, Tabata afirmou que mantém o convite para acolher Datena —ou outro nome indicado pelo PSDB— em sua chapa.

Essa manifestação da Tabata sobre a flacidez da palavra do Datena produz uma dupla desmoralização. Primeiro, a Tabata desmoraliza o ex quase futuro vice na chapa dela. Faz isso ao expor o ridículo a que se sujeita um personagem como o Datena —já bem grandinho, como disse a Tabata—, que tenta terceirizar ao tucanato, ao PSDB, a quebra de um compromisso que é um compromisso pessoal. Ele tinha assumido com a Tabata Amaral o compromisso de ser vice na chapa dela. É uma coisa que não dá pra terceirizar e fica ridículo.

Em segundo, a Tabata desmoraliza a si mesma. A autodesmoralização fica explícita no instante em que a candidata declara que ainda espera que o PSDB indique o vice na sua chapa. A Tabata Amaral demora a se dar conta que, na política como na vida, é preferível ser surpreendida pela traição do que ficar o tempo inteiro esperando por ela, sobretudo, depois que a infidelidade já ocorreu. Josias de Souza, colunista do UOL

Josias ressaltou que Tabata Amaral deveria desmoralizar Datena, mas sem fazer o mesmo consigo mesma.

É muito desmoralizante. Depois de tudo o que aconteceu, depois de tudo o que o Datena fez, depois do comportamento do PSDB — que antecipou, a sua convenção pra formalizar a candidatura do Datena —, depois de tudo isso, ela ainda considerar a hipótese de acomodar na sua chapa alguém indicado pelo PSDB, ainda que esse alguém seja o próprio Datena? Aí, francamente, é autodesmoralização em estado puro.

Ela disse a certa altura durante a sabatina que ela não está atrás de 1 minutinho a mais de tempo de televisão que o PSDB agregaria à campanha dela. De fato, não faz nexo que ela esteja atrás disso, sobretudo porque, na fase atual, estamos vivendo na era na internet, a campanha se dá em grande medida nas redes sociais e no ambiente virtual. Então, acho que a Tabata Amaral ficaria mais bem-posta se ela desmoralizasse o Datena sem se autodesmoralizar. Josias de Souza, colunista do UOL

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