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Preso, suspeito de matar menina de 15 anos ficou calado em audiência na PB

Gilson Cruz de Oliveira, 56, segue preso de forma preventiva em uma cadeia pública em Monteiro (PB) - Reprodução/Redes Sociais
Gilson Cruz de Oliveira, 56, segue preso de forma preventiva em uma cadeia pública em Monteiro (PB) Imagem: Reprodução/Redes Sociais
do UOL

Do UOL, em São Paulo

17/07/2024 15h23

Gilson Cruz de Oliveira, suspeito de matar a adolescente Maria Vitória dos Santos, ficou em silêncio durante audiência de custódia realizada na terça-feira (16). Ele segue preso preventivamente na Cadeia Pública de Monteiro (PB), a cerca de 295 km de João Pessoa.

O que aconteceu

Gilson e Maria Vitória moravam juntos há quatro meses. Segundo o delegado Sávio Siqueira, responsável pelas investigações, os dois se conheceram quando a adolescente começou a trabalhar na padaria de Gilson "há alguns anos". Gilson Cruz de Oliveira é empresário e tem 56 anos, 41 a mais do que Maria Vitória (15).

Testemunhas e conversas indicam que Gilson era 'violento'. Ao UOL, Siqueira disse ter ouvido duas pessoas próximas a Maria Vitória e que teve acesso a conversas de WhatsApp entre a adolescente e Gilson. Os relatos e as mensagens mostraram que o suspeito praticava violência física e psicológica contra a vítima.

Suspeito pode responder por estupro de vulnerável. A Polícia Civil busca descobrir quando o relacionamento de Gilson e Maria Vitória começou. Caso haja comprovação de que os dois mantinham relações sexuais quando ela ainda tinha menos de 14 anos, o suspeito pode ser indiciado por estupro de vulnerável. A lei brasileira entende que alguém dessa idade não tem capacidade de consentir.

Polícia ainda aguarda perícia para determinar como foi o crime. O delegado Sávio Siqueira disse ter acionado a Justiça e pedido pela quebra dos sigilos telefônico e telemático de Gilson. A polícia quer analisar as conversas entre o suspeito e a vítima para esclarecer detalhes sobre a morte e a violência anteriormente sofrida por Maria Vitória.

Relembre o caso

Maria Vitória foi baleada e morta no dia 14, na casa de Gilson. Segundo testemunhas, o suspeito teria atirado na vítima após uma discussão entre os dois. A casa de Gilson fica no Loteamento Apolônio, no bairro de Bernardino Lemos. Maria Vitória morreu no local.

Suspeito fugiu, mas foi capturado; caso é tratado como feminicídio. Gilson foi preso em flagrante na segunda-feira (15), em Brejo da Madre de Deus (PE), em uma operação conjunta entre as polícias da Paraíba e de Pernambuco. O empresário foi transferido para a Cadeia Pública de Monteiro (PB) no mesmo dia.

UOL ainda tenta contato com a defesa de Gilson. O espaço segue aberto para manifestação.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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