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Quantidade de poeira no ar caiu em 2023, diz agência da ONU

Vista da Acrópole de Atenas (Grécia) com o céu laranja por causa de poeira do deserto do Saara - Reprodução/@NeffeliesStuff no X (ex-Twitter)
Vista da Acrópole de Atenas (Grécia) com o céu laranja por causa de poeira do deserto do Saara Imagem: Reprodução/@NeffeliesStuff no X (ex-Twitter)

11/07/2024 22h01

A quantidade de poeira presente no ar do planeta diminuiu ligeiramente em 2023, afirmou nesta sexta-feira (12), a OMM (Organização Meteorológica Mundial), uma agência da ONU, que também advertiu que a má gestão ambiental ajuda a fomentar as tempestades de pó e areia.

A OMM também reivindicou mais vigilância diante das mudanças climáticas, posto que uma superfície terrestre mais seca aumenta a presença de poeira nos ventos.

Em seu relatório anual sobre a incidência das tempestades de poeira e areia, a OMM assinala que a concentração média mundial de poeira no ar em 2023 foi ligeiramente inferior à do ano anterior.

Isso se deve a uma melhora no norte da África, na península da Arábia, no planalto iraniano, no norte da Índia, no centro da Austrália e no noroeste da China. Por outro lado, a situação piorou na Ásia Central, no norte da China e no sul da Mongólia.

A pior tempestade de areia de 2023 aconteceu na Mongólia, em março, e afetou mais de 4 milhões de km², e também algumas províncias chinesas, assinalou a agência da ONU.

A tempestade maciça foi desencadeada por um ciclone na Mongólia e se intensificou por um vento frio de superfície que levou à suspensão de grandes quantidades de areia, acrescentou.

"Causou uma queda drástica da qualidade do ar" e "reduziu a visibilidade para menos de 500 metros em partes de Pequim", explicou a OMM.

As tempestades de areia e pó afetam a economia, os ecossistemas, a meteorologia e o clima. Embora sejam um fenômeno principalmente natural, são exacerbadas pela atividade humana, segundo o relatório.

"A evidência científica demonstra que as atividades humanas têm impacto nas tempestades de poeira e areia. Por exemplo, as temperaturas mais altas, a seca e a evaporação levam a um solo menos úmido", afirmou Celeste Saulo, diretora da OMM.

"Combinado com uma má gestão da terra, isso leva a mais tempestades de poeira e areia", acrescentou.

A publicação do relatório neste 12 de julho coincide com a celebração do Dia Internacional da Luta contra as Tempestades de Areia e Poeira.

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