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Nova ministra das Finanças do Reino Unido mira em barreiras ao crescimento

do UOL

08/07/2024 09h59

Por Alistair Smout e Kylie MacLellan

LONDRES (Reuters) - A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, disse nesta segunda-feira que o novo governo do país havia iniciado a tarefa de desbloquear projetos de infraestrutura e investimentos privados como parte de uma nova "missão nacional" para impulsionar o crescimento econômico.

Após a vitória esmagadora nas eleições da semana passada ter levado o Partido Trabalhista ao poder depois de 14 anos na oposição, Reeves e o primeiro-ministro Keir Starmer concordaram, no fim de semana, com as primeiras medidas para mostrar que estão agindo rapidamente para resolver problemas profundos.

"Sabemos que não podemos mudar as coisas da noite para o dia. Estamos diante de uma herança terrível. Mas este é o nosso adiantamento", disse a primeira mulher ministra das Finanças no Reino Unido.

Ela se comprometeu a enfrentar a escassez de novas moradias e a acelerar a aprovação do planejamento de projetos de infraestrutura, incluindo mais parques eólicos, acrescentando: "Não há tempo a perder".

Reeves e Starmer enfrentam uma das listas de tarefas mais difíceis de qualquer novo governo, precisando impulsionar o crescimento para ajudar a financiar o aumento dos gastos com serviços públicos sem quebrar a promessa de não aumentar os impostos pagos pelos trabalhadores.

Eles têm pouco espaço de manobra: o padrão de vida estagnou desde 2010, a dívida pública está em quase 100% da produção econômica nacional e os impostos como parcela do PIB estão a caminho de aumentar para o nível mais alto desde logo após a Segunda Guerra Mundial.

A economia do Reino Unido é a segunda mais fraca do G7 desde a pandemia da Covid, depois da Alemanha, embora a França e o Japão tenham se saído apenas um pouco melhor. O crescimento econômico britânico este ano deve ficar abaixo de 1%.

Reeves disse que o governo irá restaurar as metas obrigatórias de construção de moradias para as autoridades locais, financiará a contratação de mais funcionários de planejamento e acelerará o desenvolvimento de grandes projetos de energia verde, avaliando-os nacionalmente e não localmente.

Ela afirmou que o governo acabará com a proibição efetiva dos parques eólicos terrestres, incentivará os fundos de pensão a impulsionar o investimento em empresas britânicas e priorizará as decisões de planejamento não resolvidas.

Reeves explicou que encomendou um relatório sobre a situação da "herança de gastos" do país e que apresentará os resultados antes das férias de verão do Parlamento, para um orçamento completo de impostos e gastos no final do ano.

(Reportagem adicional de Paul Sandle, Aby Jose Koilparambil e Naomi Rovnick)

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