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França: Lula celebra projeção que dá vitória à coalizão de esquerda

do UOL

Do UOL, em Brasília

07/07/2024 16h25

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou a projeção que aponta a vitória da coalizão de esquerda nas eleições da França, impedindo o avanço da extrema direita no país europeu. Parlamentares que o apoiam também celebraram o resultado.

O que aconteceu

Lula falou em "grandeza" e "maturidade" na França. O presidente disse estar "muito feliz" com o resultado francês e com a vitória do partido trabalhista no Reino Unido. Ele se manifestou na noite deste domingo (7), depois de integrantes do governo.

Muito feliz com a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas da França que se uniram contra o extremismo nas eleições legislativas de hoje. Esse resultado, assim como a vitória do partido trabalhista no Reino Unido, reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social. Devem servir de inspiração para a América do Sul.
Lula, em publicação no X

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a França "deu aula hoje" e citou a força dos jovens. "Uma coalizão de forças políticas com suas diferenças, mas que não questiona a democracia; a maior participação popular nas urnas em 40 anos; a força dos jovens, na figura de craques como Mbappé, que é o exemplo típico de um país diverso e que luta por mais oportunidades. Allez les bleus! Vive la France!", publicou no X.

Base do presidente também se manifestou

Base de Lula comemora. Assim que as projeções indicaram a vitória da coalizão de esquerda sobre o partido de extrema direita, Reunião Nacional, na França, aliados do presidente brasileiro celebraram nas redes sociais. O líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou ter havido uma "sensacional virada nas eleições francesas".

A vitória da Frente Democrática nas eleições legislativas na França marca um triunfo significativo para a coalizão de esquerda e centro, que se uniu para resistir ao avanço da extrema direita. —José Guimarães

No primeiro turno, o grupo de Marine Le Pen havia chegado em primeiro lugar. O presidente do Reunião Nacional, Jordan Bardella, admitiu a derrota da extrema direita nas urnas. Mesmo com a provável derrota de hoje, a extrema direita conseguiu ampliar de forma importante sua participação política na França.

O vice-líder do Governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) também celebrou. "Viva a França! Viva a República! Viva a Democracia!", escreveu em seu perfil na rede social X (ex-Twitter).

A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) disse. "A extrema-direita vinha dando com certa sua ascensão no país, mas a população foi às ruas e virou o jogo!"

Em seu perfil no X, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foi mais um a se manifestar. "Bora formar um governo progressista na França!"

As eleições francesas registram a maior taxa de participação de eleitores das últimas quatro décadas. O comparecimento, até as 17h deste domingo, foi de 58,7%, segundo pesquisas locais.

A Coalizão de Esquerda terminou com o maior número de assentos na Assembleia Nacional, segundo as projeções. Um pacto entre partidos de centro, ecologistas e de esquerda conseguiu barrar a onda populista que poderia chegar ao poder pela primeira vez desde a ocupação nazista da França, na Segunda Guerra Mundial.

A eleição foi convocada pelo presidente francês Emmanuel Macron depois que a extrema direita venceu o pleito para o Parlamento Europeu, no mês passado. A decisão de dissolver a Assembleia Nacional causou choque e incompreensão. O argumento era de que os franceses não votariam da mesma forma numa eleição nacional.

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