Governo Lula nomeia para chefe da PF em SP delegado que atuou na Lava Jato
![O delegado federal Rodrigo Luis Sanfurgo, em 2016, na epóca em que participava de investigações da Lava Jato - Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/65/2016/07/07/7jul2016---esq-para-dir-o-delegado-federal-rodrigo-luis-sanfurgo-o-coordenador-da-lava-jato-no-ambito-da-policia-federal-igor-romario-de-paula-o-superintendente-regional-do-mpf-rosalvo-ferreira-1467900478464_450x450.jpg)
O governo do presidente Lula (PT) trocou o comando da Polícia Federal em São Paulo.
O que aconteceu
Novo chefe da PF no estado será o delegado Rodrigo Luís Sanfurgo de Carvalho. A designação para o cargo de superintendente do escritório em São Paulo foi publicada hoje (5) no Diário Oficial. O texto é assinado pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto.
Novo superintendente em São Paulo já atuou na Lava Jato. No auge das investigações da força-tarefa, em 2016, ele chegou a participar de apurações sobre lavagem de dinheiro desviado da Petrobras. Na época, a PF descobriu que um banco do Panamá, conhecido por ser um paraíso fiscal, era utilizado para viabilizar o fluxo desse dinheiro.
O cargo de Carvalho está na categoria de natureza comissionada. Segundo o Portal da Transferência, a remuneração dele como chefe da PF em São Paulo será de R$ 6.784,14. O novo superintendente assume o lugar do delegado Rogério Giampaoli — a dispensa dele também foi publicada hoje no Diário Oficial.
Delegado também investigou recebimentos de propina pagos pela Odebrecht. Carvalho foi o responsável por interrogar o ex-ministro Delfim Netto, que afirmou ter recebido R$ 240 mil em espécie da empreiteira em outubro de 2014. Delfim disse no depoimento, prestado em 2016, que o pagamento foi feito por "pura conveniência" devido a um serviço de consultoria que ele prestou à Odebrecht.
Carvalho cumpriu mandados de busca em empresa do ex-ministro Antonio Palocci. Esses mandados foram cumpridos na consultoria Projeto, também em 2016, no âmbito da 35ª fase da Lava Jato. À época, a PF disse que havia indícios de relação criminosa entre a Obebrecht e o ex-ministro, que era suspeito de atuar como intermediário político junto à empresa. Palocci foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda no governo Lula.
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