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Chiara Ferragni pagará 1,2 milhão de euros a ONG após escândalo

05/07/2024 11h42

ROMA, 5 JUL (ANSA) - A megainfluenciadora italiana Chiara Ferragni fechou um acordo com a Autoridade Antitruste do país para pagar pelo menos 1,2 milhão de euros (R$ 7,1 milhões) a uma organização de caridade e encerrar um inquérito sobre supostas fraudes na promoção de um ovo de Páscoa em 2021 e 2022.   

Os produtos, fabricados pela marca Dolci Preziosi, continham o nome de Ferragni e indicavam que o dinheiro arrecadado com a venda seria revertido para a ONG I Bambini delle Fate (As crianças das fadas, em tradução livre), que financia projetos de inclusão social para menores de idade portadores de deficiência.   

As empresas da influenciadora e a fabricante do doce teriam faturado pelo menos 1,2 milhão de euros com os ovos de Páscoa, porém repassaram apenas 36 mil (R$ 214 mil) para a organização beneficente.   

Com o acordo, Ferragni vai repassar 1,2 milhão de euros para a ONG, ao longo de três anos, enquanto a Cerealitalia, dona da Dolci Preziosi, pagará 100 mil euros (R$ 595 mil). As empresas envolvidas também se comprometeram a separar de modo claro e permanente as atividades comerciais das beneficentes.   

Em caso de descumprimento do acordo, as companhias de Ferragni e a fabricante dos ovos de Páscoa estarão sujeitas a multa de até 10 milhões de euros (R$ 59,6 milhões).   

Em comunicado divulgado no Instagram, a influenciadora digital disse que o pagamento de 1,2 milhão é uma "doação voluntária", e não uma "sanção", e que suas empresas assumiram o compromisso de "separar totalmente as operações comerciais das atividades de caridade".   

Apesar do encerramento do caso na Autoridade Antitruste, Ferragni ainda é investigada na esfera criminal pelo Ministério Público de Milão por suspeita de fraude agravada.   

O escândalo começou após a influencer mais famosa a Itália ter sido multada em 1 milhão de euros (R$ 5,96 milhões) por prática comercial desleal na promoção de um pandoro (doce natalino típico) com edição limitada que carregava sua marca.   

Assim como no caso dos ovos de Páscoa, o marketing do produto fazia o público acreditar que o dinheiro obtido com as vendas seria revertido para um hospital pediátrico de Turim, mas, na verdade, a Balocco, fabricante do doce, já havia efetuado uma doação de 50 mil euros (R$ 298 mil) antes mesmo de a campanha começar.   

Estima-se que as empresas de Ferragni tenham faturado 1 milhão de euros com o pandoro, cifra que a influenciadora doou ao hospital após a repercussão negativa do caso. (ANSA).   

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