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Bolsa e dólar fecham com pouca variação após dados de desemprego nos EUA

do UOL

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/07/2024 11h20Atualizada em 05/07/2024 18h57

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão desta sexta-feira (5) em leve alta de 0,08%, aos 126.267 pontos. O dólar terminou o dia em queda de 0,46%, valendo R$ 5,462. Confira a cotação durante o dia no UOL: https://economia.uol.com.br/cotacoes/cambio/.

O fraco volume de negócios influenciou os resultados. Na quinta (4) foi feriado nos Estados Unidos. Nesta sexta, a maior parte dos investidores estrangeiros continuou de folga e por isso o volume de negociações ficou em torno de R$ 19,5 bilhões. A média diária é de R$ 23,67 bilhões em 2024.

Mas o mercado está otimista com os dados dos EUA

A economia americana novamente criou um pouco mais de empregos do que o esperado em junho. Foram 206 mil novas vagas no mês, mais do que a previsão de 200 mil do Dow Jones, embora menos do que o total revisado de maio, de 218 mil (a estimativa inicial era de 272 no quinto mês).

Apesar do crescimento acima do esperado, foi um crescimento mais devagar que o do mês anterior. Além disso, a média de ganhos por hora desacelerou para 3,9% e ficou em linha com o dado projetado
Breno Bonani, analista da Alphamar Invest, de Vitória

A "boa notícia" é o aumento da taxa de desemprego. Ela subiu para 4,1%, o nível mais elevado desde outubro de 2021. A previsão era que a taxa de desemprego se mantivesse estável em 4%.

Mais desemprego é bom para quem?

A maior taxa de desemprego mostra que a economia dos Estados Unidos está arrefecendo. O consumo cai, os preços param de subir e os juros podem cair. "Isso aumenta a probabilidade de corte de juros nos EUA em setembro e depois em dezembro", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Se os juros por lá caem, o dinheiro volta a circular pelo mundo e vem para o Brasil. Este ano, o saldo continua negativo. Conforme dados da B3 divulgados pelo Bank Of America, o mercado de ações já perdeu R $48 bilhões em saques de investidores de fora.

Por isso os dados provocaram esperança. "São dados que corroboram para um arrefecimento da economia dos EUA o que potencialmente pode proporcionar aos Estados Unidos, uma contenção da economia sem provocar recessão", diz Gustavo Zuquim, do Andbank.

Então, por que o dólar não cai mais?

Muita gente está aproveitando as baixas de quarta e quinta feiras passadas para comprar. "Quem estava segurando a compra, agora está aproveitando que caiu", diz Bernardo Brites, presidente da Trace Finance.

Espera-se que na semana que vem, o mercado melhore. A expectativa é que, com o volume de negociação se recuperando, a Bolsa suba e o dólar caia um pouco.

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