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Israel autoriza três postos avançados de assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada

Foto de arquivo mostra Ma"ale Adumim, um assentamento israelense na Cisjordânia - Dan Balilty/The New York Times
Foto de arquivo mostra Ma'ale Adumim, um assentamento israelense na Cisjordânia Imagem: Dan Balilty/The New York Times

04/07/2024 12h38

Israel legalizou três postos avançados de colônias e a expansão de outros assentamentos na Cisjordânia ocupada, informou a ONG israelense Paz Agora nesta quinta-feira (4), denunciando um novo passo para a "anexação" do território palestino. 

A agência israelense responsável pelas obras de construção na Cisjordânia legalizou os postos avançados em Mahane Gadi, Givat Han e Kedem Arava, que estão ao redor de assentamentos já existentes, e aprovou a construção de mais 5.295 casas em dezenas de colônias, disse a Paz Agora em um comunicado. 

Todas as colônias israelenses na Cisjordânia, ocupada desde 1967, são consideradas ilegais tendo em vista o direito internacional. 

As últimas aprovações "destacam a anexação que está sendo realizada na Cisjordânia" e levarão a um "dano irreversível", afirmou a Paz Agora. 

"Esse governo colonialista mina perigosamente a segurança e o futuro de israelenses e palestinos e as futuras gerações pagarão por essa inconsciência. Temos que derrubar esse governo antes que seja muito tarde", acrescentou.

Os postos avançados, assentamentos chamados de "selvagens", são construídos sem a autorização de Israel. 

Na Cisjordânia ocupada foram estabelecidas dezenas desses postos, que podem variar muito de tamanho: desde algumas barracas de campanha até casas pré-fabricadas conectadas às redes de água e eletricidade. 

Mais de 400 mil israelenses estão instalados em colônias na Cisjordânia, onde residem três milhões de palestinos. 

O anúncio dos novos assentamentos acontece no contexto da guerra em Gaza, iniciada pelo ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro. 

Desde esse dia, pelo menos 561 palestinos morreram nas mãos de soldados e colonos israelenses na Cisjordânia, segundo as autoridades palestinas. 

No mesmo período, pelo menos 16 israelenses morreram em ataques palestinos no território, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses. 

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© Agence France-Presse

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