Huawei rejeita ideia de que escassez de chips prejudicará ambição de IA da China
PEQUIM (Reuters) - Um executivo sênior da gigante chinesa de tecnologia Huawei rejeitou nesta quinta-feira a ideia de que a escassez de chips mais avançados prejudicará o objetivo da China de ser líder em inteligência artificial (IA). Porém, ele disse que a inovação é necessária para resolver o problema.
Os comentários de Zhang Ping'an, CEO da Huawei Cloud, surgem em meio a restrições mais rígidas dos EUA sobre remessas de chips de IA para a China, incluindo uma proibição de vendas por empresas como a gigante norte-americana Nvidia.
"Ninguém negará que estamos enfrentando um poder de computação limitado na China... Mas não podemos confiar apenas em ter os chips de IA com os nós de processos de fabricação avançados como a base definitiva para a infraestrutura de IA", disse Zhang em um fórum na Conferência Mundial de IA, em Xangai, um evento de três dias que começou na quinta-feira.
“Se acreditarmos que não ter os chips de IA mais avançados significa que seremos incapazes de liderar em IA, então precisamos abandonar este ponto de vista”, disse Zhang.
Colocada na lista de entidades proibidas de comprar chips avançados de empresas norte-americanas, a Huawei desenvolveu seu próprio produto de IA, chamado Ascend, que agora é usado por muitas empresas na China para treinar modelos de IA.
No entanto, o chip Ascend AI, juntamente com muitos outros de empresas chinesas, é considerado significativamente inferior em termos de poder de computação em relação às ofertas da Nvidia.
Zhang pediu abordagens inovadoras que coloquem mais foco na nuvem, o que, segundo ele, pode ajudar a compensar a falta de chips avançados de IA.
(Reportagem de Casey Hall em Xangai; reportagem adicional da redação de Pequim)
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