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Família diz que PF errou ao associar empresário a grilagem no caso Marielle

do UOL

04/07/2024 19h12

Os familiares do empresário Pasquale Mauro, morto em 2016, divulgaram nota nesta quinta-feira (4) para informar que ele não comprou ou vendeu lotes de terra a representantes da família Brazão. O nome de Pasquale Mauro aparece associado a operações imobiliárias com Domingos Brazão, suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco (PSOL), em investigações da Polícia Federal e da PGR (Procuradoria-Geral da República).

"Diante do equívoco, os representantes legais do Espólio de Pasquale Mauro pedirão os esclarecimentos cabíveis à Polícia Federal e ao Ministério Público, considerando que Pasquale Mauro jamais comprou ou vendeu lotes de terra aos investigados no caso", informaram, na nota.

Nesta semana, o UOL revelou que a família Brazão, liderada por Domingos, acumula império de ao menos 162 imóveis no Rio e que parte desse patrimônio inclui imóveis sob suspeita de grilagem.

Conforme a denúncia apresentada pela PGR ao Supremo Tribunal Federal, um dos imóveis comercializados pela família Brazão encontrava-se sob a posse de Pasquale Mauro. Ele é citado nos documentos da investigação como um dos maiores grileiros da região.

De acordo com os familiares, os imóveis de Pasquale, que faleceu em 2016, estão localizados na Barra da Tijuca e no Recreio, em áreas distintas da região disputada por milicianos.

Segundo a nota, o espólio contratou advogados para sustentar, no processo, que o imóvel mencionado pela PGR jamais pertenceu ou foi possuído por Pasquale Mauro. Além disso, enquanto estava vivo, tendo sido citado para se manifestar no processo, opôs-se expressamente à ação de usucapião envolvendo o referido terreno.

A família do empresário nega que ele seja grileiro. "Não há qualquer decisão judicial que o tenha condenado pela prática de grilagem ou de conduta correlata", informou o espólio.

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